quinta-feira, 26 de setembro de 2013

CERCA DE 33 MIL NOVOS CASOS DE HEPATITES VIRAIS SÃO NOTIFICADOS ANUALMENTE/ ENTREVISTA SOBRE HEPATITE B

Cerca de 33 mil novos casos de hepatites virais são notificados a cada ano no Brasil. Segundo levantamento do Ministério da Saúde, dentre as hepatites a do tipo B é responsável pelo maior número de infecções nos últimos 14 anos, totalizando 120 mil casos entre 1999 e 2011. A doença atinge principalmente a faixa etária de 20 a 39 anos, com maior incidência na região sudeste, que concentra 36,3% das notificações, seguida pelo sul, com 31,6%. Em mais da metade dos casos (52,7%) a hepatite B foi transmitida por relação sexual.
Já o número de casos de hepatite C é menor que o de tipo B, mas também é elevado: no mesmo período, foram registrados 82 mil casos no País. Mas o que mais chama atenção é a altíssima concentração da incidência nas regiões sul e sudeste. Elas respondem por 90% dos casos da doença, com destaque para os Estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul, que detêm 56,9% e 13% respectivamente.
Ainda serão disponibilizadas 2,3 milhões de unidades do teste rápido de diagnóstico das hepatites B e C , para serem distribuídas de agosto de 2012 até agosto de 2013.
Hepatites A, C e D no Brasil
Desde 2006, a taxa de incidência da hepatite A vem caindo significativamente. O ápice da doença ocorreu em 2005, quando houve 11,7 mil infectados para cada 100 mil habitantes. Já em 2011, a taxa foi de 3,6 mil. Diferentemente dos tipos B e C, a hepatite A tem maior incidência na região norte, seguida pela sudeste. As crianças com 5 anos ou mais são as mais afetadas, somando 36,8% dos casos.
hepatite D afeta somente pessoas que já têm o tipo B da doença. Entre 1999 e 2011 foram notificados 2.197 casos, com maior número de casos na região norte, que concentra 76,4%, com destaque para o Amazonas, com 37%, e para o Acre, com 29,3%.
Entrevista do Dr. Drauzio Varella com o Dr. Gilberto Turcato é médico infectologista da disciplina de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Universidade Federal de São Paulo, a Faculdade Paulista de Medicina, e trabalha no Hospital Oswaldo Cruz sobre a hepatite B:
VIAS DE TRANSMISSÃO
DrauzioOs profissionais de saúde têm muito medo de adquirir o vírus da AIDS acidentalmente por picadas de agulhas, quando estão colhendo sangue de um doente. No entanto, é importante destacar que a infectividade do vírus de hepatite B é muito mais alta do que a da AIDS.
Gilberto Turcato- Estudos mostram que a probabilidade de transmissão do HIV, o vírus da AIDS, por picadas de agulhas durante a coleta de sangue de uma pessoa infectada é inferior a 1%, enquanto a da transmissão do vírus da hepatite B gira em torno de 25% a 30%.
Drauzio Quem se contamina acidentalmente com sangue infectado pelo vírus da AIDS pode tomar algumas providências imediatamente. E quem se contamina com o vírus da hepatite B, o que deve fazer?
Gilberto Turcato – Em relação à hepatite B, a providência mais importante é tomar a vacina, uma vez que a pessoa vacinada está protegida contra a infecção para sempre. Entretanto, se a infecção já ocorreu, existem algumas formas de tratamento com critérios bem estabelecidos a que se pode recorrer.
Portanto, quem entra em contato com sangue de uma pessoa infectada deve procurar assistência médica imediatamente. A gamaglobulina hiperimune, anticorpo específico contra a hepatite B, é um medicamento caro, difícil de encontrar, mas que deve ser usado nessas situações.
No que se refere aos profissionais de saúde, atualmente, a grande maioria já foi vacinada, produziu anticorpos e está protegida o que lhes dá maior sensação de segurança e proteção contra a doença.
VACINAS
Drauzio – Crianças que nascem hoje recebem a vacina contra hepatite B de acordo com o calendário oficial do Ministério da Saúde, mas quem é adulto dificilmente foi vacinado. Qual é a recomendação para essas pessoas?
Gilberto Turcato– Realmente, a vacina contra a hepatite B faz parte do calendário oficial de vacinação preconizado pelo Ministério da Saúde e a primeira das três doses é administrada logo após o nascimento. Com poucos efeitos colaterais, ela protege o indivíduo por toda a vida.
Como se trata de uma conduta pública relativamente recente, a grande maioria dos adultos de hoje não foi vacinada. Por isso, aqueles que pertencem a grupos de risco, ou seja, os que têm múltiplos parceiros sexuais, os usuários de drogas injetáveis e os profissionais de saúde (médicos, dentistas, pessoal que trabalha em laboratório) devem receber a vacina.
Drauzio – Se o vírus é transmitido pelo sangue ou por relação sexual, por que os contactantes devem tomar a vacina?
Gilberto Turcato– Como o vírus existe em grande quantidade no sangue, permanece viável no ambiente por bastante tempo e pode ser transmitido por pequenas lesões, a possibilidade de contágio existe e é real para as pessoas que convivem próximas do infectado. Há farta documentação mostrando que a presença de um paciente com hepatite crônica numa casa pode transmitir o vírus para outros membros da família.
DrauzioSe a hepatite B é transmitida tão facilmente, deve representar um problema de saúde pública de graves proporções. Qual é a dimensão desse problema num país como o Brasil?
Gilberto Turcato – Calcula-se que haja 300 milhões de pessoas portadoras do vírus ou com hepatite B crônica no mundo. Em algumas regiões, como o Sudeste Asiático e a China, a prevalência é muito alta. Na Amazônia, de 5% a 20% da população adulta está infectada, o que não ocorre nas demais regiões do Brasil, em que a prevalência gira em torno de 1% a 3%.
PREVALÊNCIA DA INFECÇÃO
DrauzioA pessoa pode adquirir o vírus por via sanguínea ou por relação sexual, mas há a transmissão vertical, da mãe para o feto. Isso ocorre na fase intrauterina ou durante o nascimento?
Gilberto Turcato– Pode ocorrer na fase intrauterina, mas prioritariamente ocorre no período periparto ou durante o trabalho de parto e, embora seja uma via menos importante, durante a amamentação.
TRANSMISSÃO VERTICAL
Drauzio– Toda criança de mãe portadora crônica do vírus da hepatite B nasce infectada?
Gilberto Turcato – A probabilidade é muito grande, alcança os 90%. No Sudeste Asiático, o problema é gravíssimo, já que uma das complicações da hepatite B é o hepatocarcinoma ou câncer de fígado, doença frequente e quase sempre fatal que acomete principalmente indivíduos do sexo masculino nesses locais.
Drauzio Há alguma coisa que se possa fazer para evitar que a mãe transmita o vírus para a criança?
Gilberto Turcato – Para diminuir a possibilidade de transmissão vertical tem sido preconizado e com bons resultados o uso da gamaglobulina hiperimune associada à vacinação logo após o nascimento. A redução das infecções é bastante significativa. Por isso, não se pode deixar de adotar essas medidas, pois as consequências da infecção pelo vírus HBV serão muito sérias na vida da criança
EVOLUÇÃO DA DOENÇA
Drauzio– Como evolui o quadro da hepatite B?
Gilberto Turcato– A partir do momento em que o indivíduo se infecta, demora mais ou menos de um a quatro meses para desenvolver uma doença aguda que nem sempre é sintomática. Muitas vezes, surge quadro de febre, dor nas articulações e mal-estar, sintomas que não caracterizam clinicamente a hepatite viral. Apenas em 20% ou 30% dos casos, ocorre icterícia, sinal que chama mais a atenção e que facilita o diagnóstico.
Normalmente, a hepatite aguda se resolve num tempo inferior a seis meses. A recuperação pode ser total, o paciente fica imune e nunca mais será reinfectado pelo vírus HBV.
A doença pode, porém, ter outro tipo de evolução e a pessoa se torna portadora sã do vírus com o qual convive bem e que agride muito pouco seu fígado, mas é capaz de transmiti-lo na relação sexual e através do sangue.
A convivência, entretanto, pode ser menos amigável e a infecção evoluir para uma hepatite crônica que acaba determinando lesões no fígado como cirrose (cicatrização desorganizada do tecido hepático), ou câncer do fígado (doença grave também provocada pela hepatite C).
Drauzio Nos casos em que o vírus persiste, o curso da doença é variável, mas em média quanto tempo leva para surgirem complicações como insuficiência hepática, cirrose ou câncer de fígado?
Gilberto Turcato– São necessários anos ou até décadas de evolução para que as complicações apareçam. O fígado é um órgão com reserva funcional muito grande e, mesmo agredido, continua desempenhando suas funções sem muito prejuízo para a saúde do portador do HVB. Infelizmente, embora leve bastante tempo, essa infecção persistente acaba determinando quadros de insuficiência hepática, cirrose e outras complicações mais sérias.
Drauzio– Vamos imaginar a seguinte situação. A pessoa vai doar sangue ou faz um check-up e só então fica sabendo que foi infectada pelo vírus da hepatite B. O que deve fazer?
Gilberto Turcato – Por incrível que pareça, essas são as formas mais frequentes de a pessoa ficar sabendo da infecção pelo vírus da hepatite B, porque não apresentou sintomas que chamassem atenção sobre a doença na fase aguda.
A partir do momento que se firma um diagnóstico de hepatite B crônica, é importante estabelecer o perfil dos marcadores sorológicos que caracterizam mais ou menos a fase em que se encontra a doença, a fim de saber até que ponto o órgão está preservado ou não em suas funções, ou, se necessário, pede-se uma biópsia hepática.
TRATAMENTO
DrauzioExiste tratamento para a hepatite B?
Gilberto Turcato– Existe tratamento que classicamente pode ser feito com interferon, uma substância antiviral que nosso organismo é capaz de produzir e que tem o poder de combater o vírus B. É um tratamento longo – dura em média de 16 a 24 semanas – composto por injeções subcutâneas como as de insulina, que devem ser aplicadas no abdômen ou na coxa três vezes por semana ou, em alguns esquemas, diariamente.
DrauzioÉ um tratamento fácil de suportar?
Gilberto Turcato – Não. Além de ser um tratamento caro, gera alguns efeitos colaterais importantes: febre, desconforto, dor no corpo, dor muscular semelhante à dos quadros gripais, náusea, queda de cabelo. O uso prolongado do interferon pode também provocar anemia, queda das plaquetas, os elementos responsáveis pela coagulação do sangue, alterações da tireoide e, frequentemente, depressão.
DrauzioExiste algum outro medicamento que pode ser usado além do interferon?
Gilberto Turcato– A lamivudina, uma droga inicialmente usada para o vírus HIV da AIDS, mostrou que tem atividade também para o vírus HVB, assim como o tenofovir, entre outras drogas.
DrauzioQual o resultado desse tratamento, lembrando que, no Brasil, o interferon é distribuído gratuitamente pelo sistema público de saúde?
Gilberto Turcato – Existem formas bastante diferentes de avaliar o resultado do tratamento. Há a resposta inflamatória que pode ser controlada através dos exames de sangue. Há a resposta virológica com a eliminação completa do vírus e da inflamação e com reversão total para um quadro de cura. Infelizmente, essa resposta completa ocorre apenas em torno de 30% a 40% dos pacientes e varia de acordo com o tipo de vírus.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Sexo oral causa mais câncer de garganta que cigarro e bebida, diz pesquisa

O tabaco, substância presente no cigarro, e o consumo de bebidas alcoólicas sempre foram apontados como um dos principais fatores para desenvolvimento de câncer na região da garganta. Pois agora cientistas afirmam que o sexo oral ocupa o topo da lista entre os comportamentos de risco.

Pesquisa realizada nos Estados Unidos, descobriu que o vírus HPV atualmente é a principal causa da doença em pessoas com menos de 50 anos. O papiloma vírus humano pode provocar lesões de pele ou em mucosas. Existem mais de 200 variações com menores e maiores graus de perigo. Um deles é o causador de verrugas no colo do útero, consideradas lesões pré-cancerosas.
Homens com mais de 50 anos costumavam ser as principais vítimas do câncer de garganta. Principalmente aqueles com histórico de fumo e consumo de bebida alcoólica. Mas o problema tem crescido em faixas etárias mais baixas, e dobrou nos últimos 20 anos nos Estados Unidos em homens com menos de 50 anos devido ao vírus.Pessoas infectadas com o tipo de vírus que está associado ao câncer de garganta têm 14 vezes mais chances de desenvolver a doença. "O fator de risco aumenta de acordo com o número de parceiros sexuais e especialmente com aqueles com quem se praticou sexo oral", afirmou a pesquisadora.
Em outro estudo realizado nos Estados Unidos, apontou-se que pessoas que tiveram mais do que seis parceiros com quem praticaram sexo oral tinham nove vezes mais chances de desenvolver câncer de garganta. Nos que já haviam tido algum tipo de infecção provocada pelo HPV, o risco subia para 32 vezes.
Os médicos que realizaram o levantamento sugeriram que homens também sejam vacinados contra o vírus, como é recomendado para as mulheres. Em países como Inglaterra, meninas de 12 e 13 anos recebem a vacina contra HPV e, segundo dados, previne até 90% dos casos de infecções.
No Brasil, há dois tipos de vacinas disponíveis, contra os tipos mais comuns de câncer do colo do útero, mas o governo alerta que não há evidência suficiente da eficácia da vacina, o que só poderá ser observado depois de décadas de acompanhamento. O governo também recomenda a prática de sexo seguro como a melhor maneira de se prevenir.



terça-feira, 10 de setembro de 2013

Pesquisa sugere dificuldade de tratamento de DST em adolescentes


Segundo um estudo da Escola de Medicina da Universidade de Stanford em conjunto com o Hospital Infantil Lucile Packard, ambos nos Estados Unidos, os médicos que estão se especializando em pediatria não estão adequadamente treinados para prevenir a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis em adolescentes e desconhecem a lei de tratamento dos parceiros sexuais.
“Ao menos que você trate o parceiro, seu paciente será sempre infectado novamente. Chamamos isso de ‘efeito ping-pong”, explicou Dr. Neville Gold, especialista em saúde infantil e professor da Universidade de Stanford. Segundo o estudo, depois de tomar antibióticos, 40 % dos adolescentes apresentam a mesma infecção em menos de um ano e, metade das DSTs registradas no Estados Unidos acontecem em pessoas menores de 18 anos.
Uma lei norte-americana, que foi introduzida na Califórnia em 2001 e adotada em outros 30 estados, permite aos médicos prescreverem antibióticos para os parceiros sexuais de pacientes diagnosticados com gonorreia ou clamídia sem vê-los. Antes desta data, outra lei permitia que o governo entrasse em contato com os parceiros sexuais das pessoas infectadas para realizar exames e tratamentos, no entanto, muitos órgãos não têm recursos suficientes para realizar amplamente este trabalho. Por isso, a lei tem mostrado resultados efetivos, especialmente nos casos em que os parceiros dificilmente concordariam em ir ao médico.
Sendo assim, o estudo analisou 289 residentes em pediatria em 14 das 17 instituições que oferecem este treinamento na Califórnia. Eles responderam a um questionário sobre os conhecimentos da lei de tratamento do parceiro, sua familiaridade com o tema e o conforto em abordar o assunto no consultório. Os resultados apontaram que 83% dos entrevistados que diagnosticaram um paciente com DST, somente 52% usaram as técnicas de tratar o parceiro à distância; 70% afirmaram desconhecer que o estado da Califórnia autorizava este tipo de tratamento para gonorreia e clamídia; 87% disseram que não estavam familiarizados com o assunto por isso não ofereciam a opção aos pacientes e 24% contaram nunca ter ouvido falar da lei.
Os resultados mostram ainda que pediatras experientes também não têm familiaridade com esta opção. “Você aprende com seus mentores. Isto significa que muitos professores não conhecem os efeitos desta lei”, declarou Dra. Anne Hsii, responsável pela pesquisa. Ela disse ainda que isto requer uma maior rede de educação entre os médicos para a divulgação de opções como esta.
Dr. Golden analisou também que a melhor maneira de tratar DSTs na adolescência é evitar que os jovens sejam infectados. Ele encoraja os pais a conversarem com os filhos sobre saúde sexual. “Se os pais puderem conversar com os filhos sobre como se proteger contra transmissões de doenças sexuais, seria muito útil e, obviamente, usar preservativo é a melhor maneira de evitar as doenças”, explicou.
Mas, mesmo com este apoio dos pais, é obrigação do pediatria conversar com o paciente e assegurar que ele entenda os riscos que corre, por isso deve sugerir um momento a sós de conversa sem que os pais estejam no consultório. “A melhor pessoa para conversar com exceção dos pais, é com certeza, o pediatra”, concluiu.

CORRIMENTO VAGINAL( Vaginites)



O Corrimento vaginal,chamado de vaginite, é uma inflamação da mucosa vaginal geralmente associada com irritação e infecção da vulva chamada de vulvovaginite.A vaginite pode ser sem sintomas, mas geralmente apresenta coceira e irritação na vagina. Se o corrimento vaginal, for causado por organismos infecciosos como clamídia, a infecção pode progredir através do útero para as trompas de Falópio e ovários, havendo o risco de causar infertilidade.


SINTOMAS DO CORRIMENTO:(vaginites e vulvovaginites)
  • Coceira e queimação na área genital .
  • Inflamação (irritação, vermelhidão e inchaço causados pela presença extra de células do sistema imunológico) dos grandes lábios, pequenos lábios e área periférica.
  • Descarga vaginal (corrimento de líquido pela vagina).
  • Odor diferente na vagina.
  • Desconforto ou queimação ao urinar. 
  • Dor e irritação durante o ato sexual. 
  • Sangramentos associado ao corrimento. 
  • Dor nas costas 
  • Dor nas pernas


CAUSAS E TIPOS DE CORRIMENTOS VAGINAIS:

As diferentes formas de corrimento vaginal e suas causas são:

1-Vaginite infecciosa
A vaginite infecciosa responde por 90% de todos os casos de corrimento vaginal em mulheres em idade reprodutiva.

As três causas principais são:
Candidíase - infecção causada pelo fungo Candida albicans.
Tricomoníase - infecção pelo protozoário Trichomonas vaginalis.
Vaginite bacteriana - causada pelo bactéria Gardnerella.

2- Doenças Sexualmente Transmissíveis

As Doenças Sexualmente Transmissíveis (gonorreia, clamídia, micoplasma, herpes, campilobactéria e alguns parasitas), podem causar corrimento vaginal. Teste para clamídia e gonorreia devem ser feitos sempre que uma mulher sexualmente ativa queixa-se de corrimento vaginal, ainda que o cervix(colo do útero) pareça normal.

3-VAGINITE HORMONAL OU ATRÓFICA

A vaginite hormonal, ou atrófica, ocorre principalmente em mulheres depois da menopausa ou depois do parto. Algumas vezes vaginite hormonal pode ocorrer em garotas antes da puberdade. Vaginite atrófica ocorre pela falta de estrógeno.

4-VAGINITE POR ALERGIA OU IRRITAÇÃO

A vaginite por irritação pode ser causada por alergia a preservativos, espermicidas, sabonetes, perfumes, lubrificantes. Também pode ser ocasionada por abrasão, tecidos, tampões e medicamentos tópicos.

5-VAGINITE POR CORPO ESTRANHO

Corpos estranhos, geralmente tampões ou preservativos retidos na vagina, podem causar corrimentos vaginais extremamente mal-cheirosos. O tratamento consiste na remoção do corpo estranho e geralmente.Tratamento posterior nem sempre é necessário.

COLORAÇÃO DO CORRIMENTO VAGINAL

A cor do corrimento pode indicar o agente causador.
Vaginite por candidíase geralmente causa corrimento aquoso e branco, que gera irritação na vagina e pele ao redor. Vaginite atrófica geralmente causa corrimento sem odor, vagina seca e relação sexual dolorosa. Vaginite bacteriana geralmente causa corrimento com odor parecido ao de peixe. Está associada a coceira e irritação, mas não há dor durante o ato sexual. Vaginite por tricomoníase pode causar corrimento profuso com odor semelhante a peixe, dor ao urinar, ato sexual doloroso e inflamação nos genitais externos.

O DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é feito com microscopia e cultura do corrimento depois de um cuidadoso exame físico e histórico de saúde.

COMPLICAÇÕES DO CORRIMENTO VAGINAL

Desconforto persistente. Infecção da superfície da pele.
Complicações decorrentes da condição que causou o corrimento (como infecção por cândida ou gonorreia).

TRATAMENTO DO CORRIMENTO VAGINAL

A causa da infecção determina o tratamento apropriado, o qual pode incluir antibióticos orais ou tópicos, cremes fungicida ou bactericidas, ou medicamentos similares. Creme contendo cortisona pode ser usado para aliviar a irritação. Se reação alérgica estiver envolvida, anti-histamina pode ser receitada. Para mulheres que têm irritação e inflamação causadas por baixo nível de estrogênio, um creme tópico contendo estrogênio pode ser usado.

CUIDADOS COM A SAÚDE ÍNTIMA

Use sabonete neutro ou produtos apropriados para a higiene da região genital.

Use roupas leves, que não comprimam a região genital.

Dê preferência a calcinhas de algodão em relação às de tecidos sintéticos, como a lycra.

Lave as calcinhas com sabão de coco ou sabonete neutro.

Não use amaciante, nem água sanitária nas peças. .

Seque a roupa íntima em locais secos e arejados, de preferência expostas ao sol.

Durante a menstruação, troque o absorvente quantas vezes for necessário.

A cada troca, fazer a higiene local.

O uso de absorventes diários não é recomendado.

Eles impermeabilizam e impedem a transpiração da região genital, favorecendo a instalação de fungos e bactérias.

Absorventes internos podem ser usados desde que trocados com regularidade.

Não use o chuveirinho do vaso sanitário para lavar a vagina internamente e nem duchas vaginais sem prescrição médica. A água remove as bactérias e torna a área mais suscetível a infecções.

Procure sempre um médico aos primeiros sintomas atípicos(sem definição) e nunca faça a auto-medicação.

Procure um médico de seis em seis meses a um ano, para realizar os exames ginecológicos.


Atenção: A prevenção é o conjunto de todos os procedimentos durante a consulta, incluindo a conversa com o ginecologista. Não apenas o exame citológico ou das mamas.

Dormir sem calcinha é uma boa oportunidade para a pele da região genital respirar.


VÍDEO EDUCATIVO:










Sintomas das DSTs



As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são muitas e podem ser causadas por diferentes agentes.
Apesar disso, elas podem ter sintomas parecidos. Veja, abaixo, os principais sintomas das doenças mais comuns.

Sintomas Corrimento pelo colo do útero e/ou vagina (branco, cinza ou amarelado), pode causar coceira, dor ao urinar e/ou dor durante a relação sexual, cheiro ruim na região.

Tricomoníase, gonorreia, clamídia.
Sintomas: Corrimento pelo canal de onde sai a urina, que pode ser amarelo purulento ou mais claro - às vezes, com cheiro ruim, além de poder apresentar coceira e sintomas urinários, como dor ao urinar e vontade de urinar constante.

Gonorreia, clamídia, tricomoníase, micoplasma, ureoplasma.
Sintomas: Presença de feridas na região genital (pode ser uma ou várias), dolorosas ou não, antecedidas ou não por bolhas pequenas, acompanhadas ou não de “íngua” na virilha.

Sífilis, cancro mole, herpes genital, donovanose, linfogranuloma venéreo.
Sintomas: Dor na parte baixa da barriga (conhecido como baixo ventre ou "pé da barriga") e durante a relação sexual.

Gonorreia, clamídia, infecção por outras bactérias.
Sintomas: Verrugas genitais ou “crista de galo” (uma ou várias), que são pequenas no início e podem crescer rapidamente e se parecer como uma couve-flor.

Infecção pelo papilomavírus humano (HPV)
Não sinta vergonha de conversar com o profissional de saúde e tirar todas as dúvidas sobre sexo ou qualquer coisa diferente que esteja percebendo ou sentindo. É direito de todo brasileiro buscar esclarecimento e informações durante o atendimento de saúde.



                               

                                              


Quatro novos casos de DST são registrados por dia em SP

Levantamento divulgado pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas revela que, em 2012, foram registrados 1.330 novos casos de DSTs





AIDS



Aids é uma doença que ataca o sistema imunológico devido à destruição dos glóbulos brancos (linfócitos T CD4+). A Aids é considerada um dos maiores problemas da atualidade pelo seu caráter pandêmico e sua gravidade.

Agente envolvido



A infecção da Aids se dá pelo HIV, vírus que ataca as células do sistema imunológico, destruindo os glóbulos brancos (linfócitos T CD4+). A falta desses linfócitos diminui a capacidade do organismo de se defender de doenças oportunistas, causadas por microorganismos que normalmente não são capazes de desencadear males em pessoas com sistema imune normal.

Vírus HIV circulando na corrente sanguína

Causas

Transmissão/ Contágio

O HIV pode ser transmitido pelo sangue, esperma e secreção vaginal, pelo leite materno, ou transfusão de sangue contaminado. O portador do HIV, mesmo sem apresentar os sintomas da Aids, pode transmitir o vírus, por isso, a importância do uso de preservativo em todas as relações sexuais.



Células infectadas pelo vírus HIV

Sabendo disso, você pode conviver com uma pessoa portadora do HIV ou da Aids. Pode beijar, abraçar, dar carinho e compartilhar do mesmo espaço físico sem ter medo de pegar o vírus da Aids.

Quanto mais respeito e carinho você der a quem vive com HIV/Aids, melhor será a resposta ao tratamento, porque o convívio social é muito importante para o aumento da auto-estima das pessoas e, consequentemente, faz com que elas cuidem melhor da saúde.

Assim pega HIV/Aids

• Sexo na vagina sem camisinha

• Sexo oral sem camisinha

• Sexo anal sem camisinha

• Uso de seringa por mais de uma pessoa

• Transfusão de sangue contaminado

• Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação

• Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.

Assim não pega HIV/Aids

• Sexo desde que se use corretamente a camisinha

• Masturbação a dois

• Beijo no rosto ou na boca

• Suor e lágrima

• Picada de inseto

• Aperto de mão ou abraço

• Sabonete/ toalha/ lençóis

• Talheres/ copos

• Assento de ônibus

• Piscina

• Banheiro

• Doação de sangue

• Pelo ar

Sinais e Sintomas

Os primeiros fenômenos observáveis para Aids são fraqueza, febre, emagrecimento, diarréia prolongada sem causa aparente. Na criança que nasce infectada, os efeitos mais comuns são problemas nos pulmões, diarréia e dificuldades no desenvolvimento.

Fase sintomática inicial da Aids: candidíase oral, sensação constante de cansaço, aparecimento de gânglios nas axilas, virilhas e pescoço, diarréia, febre, fraqueza orgânica, transpirações noturnas e perda de peso superior a 10%.

Infecção aguda da Aids: sintomas de infecção viral como febre, afecções dos gânglios linfáticos, faringite, dores musculares e nas articulações; ínguas e manchas na pele que desaparecem após alguns dias; feridas na área da boca, esôfago e órgãos genitais; falta de apetite; estado de prostração; dores de cabeça; sensibilidade à luz; perda de peso; náuseas e vômitos.

Tratamento

A Aids não tem cura, mas os portadores do HIV dispõem de tratamento oferecido gratuitamente pelo Governo. Ao procurar ajuda médica, em um dos hospitais especializados em DST/Aids, o paciente terá acesso ao tratamento anti-retroviral. Os objetivos do tratamento são prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida do paciente com Aids, pela redução da carga viral e reconstituição do sistema imunológico. O atendimento é garantido pelo SUS, por meio de ampla rede de serviços.

Prevenção

Para evitar a transmissão da Aids, recomenda-se uso de preservativo durante a relação sexual, uso de seringas e agulhas descartáveis, teste prévio no sangue a ser transfundido e uso e luvas quando estiver manipulando feridas ou líquidos potencialmente contaminados. As gestantes devem fazer o teste de aids e começar o pré-natal o mais cedo possível.



Como vestir a camisinha masculina

1. Abra a embalagem com cuidado - nunca com os dentes - para não furar a camisinha. Coloque a camisinha somente quando o pênis estiver ereto.

2. Aperte a ponta para retirar o ar e desenrole a camisinha até a base do pênis. Só use lubrificante à base de água. Evite vaselina e outros lubrificantes à base de óleo.

3. Após a ejaculação, retire a camisinha com o pênis duro. Fechando com a mão a abertura para evitar que o esperma vaze da camisinha.

4. Dê um nó no meio da camisinha e jogue-a no lixo. Nunca use a camisinha mais de uma vez. Usar a camisinha duas vezes não previne contra doenças e gravidez.


Como vestir a camisinha feminina

1. Segure a camisinha com o anel externo pendurado para baixo.

2. Aperte o anel interno e introduza na vagina; com o dedo indicador, empurre a camisinha o mais fundo possível (a camisinha deve cobrir o colo do útero).

3. O anel externo deve ficar uns 3 cm para fora da vagina - não estranhe, pois essa parte que fica para fora serve para aumentar a proteção (durante a penetração, pênis e vagina se alargam e e então a camisinha se ajusta melhor).

4. Até que você e o seu parceiro tenham segurança, guie o pênis dele com a sua mão para dentro da sua vagina.




SÍFILIS



Sífilis, ou lues, é uma doença infectocontagiosa, sexualmente transmissível, causada pela bactéria Treponema pallidum. Se não for tratada precocemente, pode comprometer vários órgãos como olhos, pele, ossos, coração, cérebro e sistema nervoso.

Manifesta se em três estágios diferentes: sífilis primária, secundária e terceária. Nos dois primeiros, os sintomas são mais evidentes e o risco de transmissão é maior. Depois, há um período praticamente assintomático, em que o vírus fica latente no organismo, mas a doença retorna com agressividade acompanhada de complicações graves, causando cegueira, paralisia, doença cardíaca, transtornos mentais e até a morte.

O período de incubação, em média, é de três semanas, mas pode variar de 10 a 90 dias.

FORMAS DE CONTÁGIO

A sífilis pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem camisinha com alguém infectado, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o parto. O uso da camisinha em todas as relações sexuais e o correto acompanhamento durante a gravidez são meios simples, confiáveis e baratos de prevenir-se contra a sífilis.

SINAIS E SINTOMAS

Sífilis primária – pequenas feridas nos órgãos genitais (cancro duro) que desaparecem espontaneamente e não deixam cicatrizes; gânglios aumentados e ínguas na região das virilhas;

                                              


Sífilis secundária – manchas vermelhas na pele, na mucosa da boca, nas palmas das mãos e plantas dos pés; febre; dor de cabeça; mal-estar; inapetência; linfonodos espalhados pelo corpo, manifestações que também podem regredir sem tratamento, embora a doença continue ativa no organismo

                                                   

Sífilis terciária – comprometimento do sistema nervoso central, do sistema cardiovascular com inflamação da aorta, lesões na pele e nos ossos.


                                   


Diagnóstico

Nas fases iniciais, o diagnóstico pode ser confirmado pela reconhecimento da bactéria no exame de sangue ou nas amostras de material retiradas das lesões. Na fase avançada, é necessário pedir um exame de líquor para verificar se o sistema nervoso não foi afetado.

Tratamento

O tratamento é feito com antibióticos, especialmente penicilina. Deve ser acompanhado com exames clínicos e laboratoriais para avaliar a evolução da doença e estendido aos parceiros sexuais.

Prevenção

O uso de preservativos durante as relações sexuais é a maneira mais segura de prevenir a doença.





SÍFILIS CONGÊNITA

É a transmissão da doença de mãe para filho. A infecção é grave e pode causar má-formação do feto, aborto ou morte do bebê. Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado é positivo, tratar corretamente a mulher e seu parceiro. Só assim se consegue evitar a transmissão da doença.

Sinais e sintomas

A sífilis congênita pode se manifestar logo após o nascimento, durante ou após os primeiros dois anos de vida da criança.  Ao nascer, a criança pode ter pneumonia, feridas no corpo, cegueira, dentes deformados, problemas ósseos, surdez ou deficiência mental. Em alguns casos, a sífilis pode ser fatal.

                                    


Diagnóstico

O diagnóstico se dá por meio do exame de sangue e deve ser pedido no primeiro trimestre da gravidez. O recomendado é refazer o teste no 3º trimestre da gestação e repeti-lo logo antes do parto, já na maternidade. Quem não fez pré-natal, deve realizar o teste antes do parto. O maior problema da sífilis é que, na maioria das vezes, as mulheres não sentem nada e só vão descobrir a doença após o exame.

Tratamento

É muito importante que o tratamento seja feito com a penicilina, pois é o único medicamento capaz de tratar a mãe e o bebê.

Cuidados com o recém-nascido

Todos os bebês devem realizar exame para sífilis independentemente dos exames da mãe. Os bebês que tiverem suspeita de sífilis congênita precisam fazer uma série de exames antes de receber alta.

Recomendações

* Use camisinha em todas as relações sexuais. Essa é a maneira mais segura de prevenir a doença;

* Esteja atento: sífilis pode ser transmitida também nas relações anais e orais;

* Mulheres devem fazer exame para verificar se são portadoras da doença antes de engravidar.


A sífilis congênita pode ser transmitida em qualquer momento da gestação ou durante o parto e causar má-formação do feto, aborto espontâneo e morte fetal. A doença pode manifestar-se também logo depois do nascimento ou durante os dois primeiros dois ano de vida.



segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Hepatite C



Doença infecciosa viral, contagiosa, causada pelo vírus da hepatite C .

Transmissão:

Através de sangue ou produtos sanguíneos contaminados.
A transmissão por via sexual é rara, mas pode ocorrer.
Existe um risco de 6% da mãe infectada poder transmitir o vírus ao feto.

Sintomas:

Mal-estar geral e intestinal, febre, perda de apetite, intolerância ao álcool, dores na zona do fígado. O indivíduo com infecção crónica pelo vírus da hepatite C pode não apresentar qualquer sintoma e, no entanto, estar a desenvolver uma cirrose ou um cancro do fígado.

Tratamento:

O tratamento da hepatite C crónica faz-se com peginterferão, para impedir a multiplicação do vírus e estimular a destruição das células afectadas.
Usa-se também a ribavirina que, combinada com o peginterferão, permite melhores respostas ao tratamento.
Em situações mais graves, de doença hepática avançada,é necessário fazer um transplante de fígado (o risco de recidiva é de 90 a 100%).

Prevenção:

- Segurança para transfusões (identificação de anticorpos em doadores de sangue).
 


Hepatite B



Doença infecciosa viral, contagiosa na relação sexual causada pelo vírus da hepatite B (HBV), conhecida anteriormente como soro-homóloga. O agente etiológico é um vírus DNA, hepatovírus da família Hepadnaviridae, podendo apresentar-se como infecção assintomática ou sintomática. Em pessoas adultas infectadas com o HBV, 90 a 95% se curam; 5 a 10% permanecem com o vírus por mais de seis meses, evoluindo para a forma crônica da doença.

Transmissão:

Contacto com sangue contaminado (partilha de seringas e outros materiais usados pelos consumidores de drogas intravenosas, tatuagens, acupunctura, transfusões de sangue e derivados
- do contacto sexual
- da transmissão materno-fetal.

 Sintomas:

 Febre, mal-estar, desconforto, dores abdominais; urina escura e fezes claras. 

Tratamento:

A hepatite B é tratada com repouso.

Prevenção:

 - Utilização de preservativo

- Utilização de seringas novas e esterilizadas
 - Vacina para os viajantes, profissionais da saúde, toxicômanos.
 
 
 
 
 
 


Hepatite A



Doença infecciosa viral contagiosa, via fecal-oral (fezes de pct que contaminam a água), causada pelo vírus A (HAV). O agente etiológico é um pequeno vírus RNA, membro da família Picornaviridae.


Transmissão:

Através de alimentos ou de água contaminados por matérias fecais.
Frutas, vegetais e saladas ou outros alimentos crus, contaminados por água de esgotos.
Contato com matéria fecal. 

Sintomas:

Gripe com febre; mialgias; mal-estar geral; falta de apetite e os vómitos.

Tratamento:

Não há um medicamento específico e o repouso moderado. A alimentação deve ser rica em proteínas e baixa em gorduras.

 Prevenção:

Medidas de higiene tais como a lavagem das mãos, precaução com a alimentação, frutos do mar, sobretudo em viagens.

- Vacina para os viajantes e os profissionais de risco (profissões ligadas à saúde, por exemplo).


Hepatites




DEFINIÇÃO:

É inflamação do fígado, podendo acometer pessoas de ambos os sexos e de todas as idades podendo levar a pessoa a óbito.     
 
O FIGADO:

O fígado é a maior glândula do organismo localizada na parte superior do abdome, que tem como função de manter as reservas de ferros, vitaminas, sais mineras necessários para a metabolização humana. O fígado por sua vez também produz a bile (vesícula biliar), um líquido acido na qual ajuda na digestão dos alimentos, com isso desintoxicando todos os produtos químicos e prejudicial que nós ingerimos, assim como bebidas alcoólica.

Todos esses benefícios que favorece o fígado pode ser destruído caso o mesmo seja acometido pela doença hepatite.



                                                                         TIPOS DE HEPATITE


Hepatite A:

Transmitida normalmente através de alimentos ou contato pessoal. Vem e dura aproximadamente 1 mês. É uma infecção leve e cura sozinha. Existe vacina.


Hepatite B:

Transmitida principalmente através de relações sexuais e contato sanguíneo. Existe vacina. Age surdamente no fígado por até 20, 30 anos. Leva à cirrose, ao câncer de fígado e à morte. Há tratamento. As curas totais são raras, mas é possível conviver com a doença, tratando-a por períodos de tempo variáveis.

Hepatite C:

A maior epidemia da humanidade hoje, superior à AIDS/HIV em 5 vezes. A transmissão é por contato sanguíneo, via transfusões, dentistas, seringas compartidas, etc. Não se transmite por sexo (a menos que haja sangramento mútuo) Não tem vacina. Existem subdivisões de seu vírus (o genótipo 1, 2 e 3 e os raros 4, 5 e 6). Existem, no mundo cerca de 200 milhões de pessoas que carregam o vírus da hepatite C.
 A hepatite C é a principal causa de transplantes de fígado, respondendo por 40% dos casos. Pode causar cirrose, câncer de fígado e morte.




Hepatite D:

 A infecção causada pelo vírus da hepatite D (VHD) ocorre apenas em pacientes infectados pelo vírus da hepatite B. 
Em pacientes cronicamente infectados pelo vírus da hepatite B, a infecção concomitante com o VHD acelera a progressão da doença crônica. A vacinação contra a hepatite B também protege de uma infecção com a hepatite D.

Hepatite E:

É causada pelo vírus da hepatite E (VHE) e transmitida por via digestiva (transmissão fecal-oral), provocando grandes epidemias em certas regiões.
A hepatite E não se torna crônica. Porém, mulheres grávidas que foram infectadas pelo vírus da hepatite E podem apresentar formas mais graves da doença.
Felizmente, hábitos de higiene adequados e um melhor controle da qualidade da água utilizada pelas pessoas podem evitar o contato com esse vírus.

Hepatite F:

Relatos recentes demonstram que não se confirmou a identificação do vírus da hepatite F (VHF), portanto este tipo de hepatite pode ser desconsiderado.
 
Hepatite G:

 O vírus da hepatite G (VHG), também conhecido como GBV-C é transmitido através do sangue, sendo comum entre usuários de drogas endovenosas e receptores de transfusões. O vírus G também pode ser transmitido durante a gravidez e por via sexual. É frequentemente encontrado em co-infecção com outros vírus, como o da hepatite C (VHC), da hepatite B (VHB) e da Aids (HIV).

 
 
 

O DIAGNÓSTICO PRECOCE É A MELHOR DEFESA. PODEMOS SALVAR MILHÕES DE VIDAS SE OS TESTES FOREM FEITOS E AS PESSOAS TRATADAS A TEMPO.

 

 

 

 

 

 
 
HEPATITES, EPIDEMIA IGNORADA:


1° Episódio
 
 
 
 
2° Episódio
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para mais informações:
 
 
 
 

Bem Vindo!

Este blog tem por finalidade disseminar conhecimentos em relação às DSTs. 
E ainda, servir de instrumento de avaliação para a disciplina de 
"Uroginecologia, Obstetrícia e Neonatologia" ministrada por
LILIANEI DE FÁTIMA VERONEZ.

O portal do Ministério da Saúde define DST como:
AS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS QUE SÃO TRANSMITIDAS, PRINCIPALMENTE, POR CONTATO SEXUAL SEM O USO DE CAMISINHA COM UMA PESSOA QUE ESTEJA INFECTADA,       E GERALMENTE SE MANIFESTAM POR MEIO DE FERIDAS, CORRIMENTOS, BOLHAS OU VERRUGAS.
ESSAS DOENÇAS QUANDO NÃO DIAGNOSTICADAS E TRATADAS A TEMPO, PODEM EVOLUIR PARA COMPLICAÇÕES GRAVES.
OUTRA FORMA DE INFECÇÃO PODE OCORRER PELA TRANSFUSÃO DE SANGUE CONTAMINADO OU PELO COMPARTILHAMENTO DE SERINGAS E AGULHAS, PRINCIPALMENTE NO USO DE DROGAS INJETÁVEIS.
A AIDS E A SÍFILIS TAMBÉM PODEM SER TRANSMITIDAS DA MÃE INFECTADA, SEM TRATAMENTO, PARA O BEBÊ DURANTE A GRAVIDEZ, O PARTO. E, NO CASO DA AIDS, TAMBÉM NA AMAMENTAÇÃO.
O TRATAMENTO DAS DST MELHORA A QUALIDADE DE VIDA DO PACIENTE E INTERROMPE A CADEIA DE TRANSMISSÃO DESSAS DOENÇAS. O ATENDIMENTO E AO TRATAMENTO SÃO GRATUITOS NOS SERVIÇOS DE SAÚDE DO SUS.
  


As informações aqui disponibilizadas tem caráter meramente educativo e de forma alguma devem substituir a procura de um médico (urologista, ginecologista ou infectologista) para que seja feito diagnóstico, tratamento e acompanhamento adequados.





VIVA PARA CONHECER A PESSOA CERTA:




UMA HISTÓRIA DE AMOR:




segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Sexo oral pode transmitir DST?

Camisinha é o método mais fácil e eficiente de impedir o contato com sangue, esperma e secreção vaginal.

Casais que são fieis precisam usar camisinha? Beijo na boca transmite Aids? Sexo oral é seguro? Quando se trata de doenças sexualmente transmissíveis – as DSTs – as dúvidas são muitas – e os mitos que as cercam também.

De acordo com uma pesquisa do Ministério da Saúde divulgada no ano passado, mais de 10 milhões de brasileiros já tiveram algum sinal ou sintoma de alguma DST. Desse total, cerca de 30% não buscaram atendimento médico – o que pode agravar o quadro da doença e torná-la mais difícil de ser tratada, deixar a pessoa mais suscetível ao aparecimento de outras doenças oportunistas e até mesmo levar à morte.

Os números são alarmantes. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que aproximadamente 340 milhões de casos de DSTs ocorram no mundo anualmente. Só de Aids já existem 33,5 milhões de pessoas infectadas em todo o planeta hoje (490 mil só no Brasil), segundo dados da Unaids (órgão especial da ONU para a Aids).

O sexo e as doenças  

Como o próprio nome diz, as doenças sexualmente transmissíveis são transmitidas, na maioria das vezes, por meio do ato sexual (vaginal, anal ou oral). Algumas delas, como a Aids e a hepatite B, também podem ser transmitidas por objetos perfurantes ou cortantes contaminados (como seringas e lâminas).

"As doenças sexualmente transmissíveis, também conhecidas como doenças venéreas, transmissíveis, são infecções transmitidas através de relações sexuais, onde os fungos, vírus, bactérias etc. são transportados pelo sêmen ou fluidos sexuais", explica Rodrigo de Freitas, ginecologista do Hospital Samaritano de São Paulo.

Algumas pessoas acreditam que utensílios pessoais íntimos mal higienizados (roupas íntimas e toalhas de banho, por exemplo) também podem transmitir a DST, mas esse é um tema controverso. Isso porque é muito difícil que um vírus ou bactéria sobreviva em uma toalha, por exemplo. Mas alguns pesquisadores acreditam que, apesar de rara, essa transmissão pode acorrer no caso de algumas doenças, como o HPV e o chato (uma espécie de piolho).

Sinais de alerta

As principais DSTs são sífilis, gonorreia, tricomona, clamídia, candidíase, herpes genital, hepatite B e Aids. A sífilis caracteriza-se pelo surgimento de lesões, primeiramente nos órgãos genitais, e depois em todo o corpo, e pode levar a complicações cardiovasculares e nervosas.
A gonorreia provoca a inflamação do canal urinário e pode se alastrar para outros órgãos, causando complicações como artrite, meningite e problemas cardíacos. O tricomona provoca quadros inflamatórios na uretra dos homens e no canal vaginal das mulheres.

A clamídia provoca inflamação nos canais genitais e urinários, e pode causar infertilidade. A candidíase causa infecção genital, além de inchaço e vermelhidão nos órgãos genitais. O herpes genital caracteriza-se pelo surgimento de pequenas lesões dolorosas nos genitais.

Hepatite B provoca a infecção das células do fígado, e pode levar à insuficiência hepática crônica. A Aids provoca a baixa imunidade do organismo, deixando a pessoa suscetível a outras infecções, e pode levar à morte.

Apesar de serem doenças variadas, com sintomas variados, elas compartilham alguns sinais, que devem servir de alerta para a pessoa buscar assistência médica o mais rápido possível.

"Os sintomas são frequentes e visíveis das DSTs são úlcera genital, bolhas genitais, corrimentos e verrugas. No entanto, existem algumas dessas doenças – como Aids e hepatite B – que podem evoluir de forma assintomática", afirma Freitas, do Hospital Samaritano de São Paulo. Desta forma, o melhor é realizar exames periódicos para garantir que tudo está bem.

Apesar das DSTs serem envoltas em tabus, e muitas pessoas terem até mesmo vergonha de falar sobre elas com um especialista, é importante procurar ajudar logo nos primeiros sinais. Ficar calado e "esperar passar" pode acabar trazendo consequências muito graves, como infertilidade, surgimento de outras doenças oportunistas e até morte. Sem contar que a pessoa pode contaminar outras e disseminar a doença.

"As consequências de uma DST não tratada varia muito de acordo com a doença, mas podem ser inflamações pélvicas (muitas vezes chegando a formar abscessos e necessitar de cirurgia), esterilidade, câncer (de colo uterino, de ânus, de pênis e de garganta), hepatite crônica (caso das hepatites B e C), e morte", alerta Alessandra Bedin Ciminelli Rubino, ginecologista e obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein.

Prevenindo para não remediar

Um dos mitos que cercam as DSTs é que casais fiéis estão fora de perigo. Mas não é bem assim. Toda população sexualmente ativa, sem distinção, é passiva de contágio. "Qualquer um que tenha relações sexuais sem cuidado está em risco", alerta Rubino.

Para se prevenir, o melhor método é usar o preservativo em todas as relações sexuais. A camisinha é a maneira mais fácil e eficiente de impedir o contato com sangue, esperma e secreção vaginal. Se utilizado corretamente, o risco de transmissão cai para 5%. Isso porque algumas doenças podem causar feridas em regiões não cobertas pelo preservativo.

"O uso da camisinha deve ser um hábito e pode até melhorar a relação. É preciso desconstruir o imaginário popular de que fazer sexo sem o preservativo é melhor", afirma o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco.

O preservativo começou a ser distribuído pelo Ministério da Saúde em 1994 e está disponível nas unidades básicas de saúde, centros de testagem e aconselhamento, serviços especializados e bancos de preservativos.

Também existem vacinas contra algumas DSTs, como é o caso do HPV e da hepatite B. "Além disso, exames clínicos periódicos com seu médico também ajudam, no mínimo para prevenir as complicações das mesmas", recomenda Rubino.

Apesar de todas as DSTs terem tratamento, nem todas têm cura. Esse é o caso do herpes genital, da hepatite B crônica e da Aids. Para estas existe somente controle. E esse é mais um motivo para se prevenir.

"Todas as DSTs têm tratamento, mas isso não significa que seja fácil: ele exige comprometimento, adesão e acompanhamento, e às vezes dura a vida toda – como é o caso da Aids. É muito melhor prevenir do que remediar", diz Kallas.