segunda-feira, 28 de abril de 2014

Prós e contras da vacina para HPV


Desde de julho de 2013, com a aprovação da ANVISA para a vacinação  de mulheres acima de 9 anos contra HPV,  muito tem sido discutido acerca do tema. Grupos de discussão na internet e colunas de jornais têm questionado a necessidade de vacinação em massa. Entre os pontos de divergência ao programa de vacinação proposto pela Agência de Vigilância estão argumentos religiosos, temores de incentivo ao início a vida sexual entre as meninas e médicos que se posicionam contra.

O HPV

Pode levar ao câncer de colo do útero, segundo câncer que mais causa morte entre as mulheres.


O HPV é um vírus que se contrai geralmente com o contato sexual, ou, mais raramente, pelo convívio diário. Existem mais de 100 tipos de vírus, os quais são divididos em 2 categorias: a primeira está associada mais com lesões cancerígenas (tipos 16 e 18) e a segunda, com verrugas genitais (tipos 6 e 11). Estima-se que 70% das mulheres entrarão em contato com o vírus, e 70% desses vírus serão do tipo 16 e 18. Atualmente, das 300 milhões de mulheres infectadas, avalia-se que 500.000 terão o câncer de colo do útero, sendo que 250.000 com probabilidade de óbito.


Há 2 tipos de vacinas anti HPV disponíveis no Brasil: a vacina Anti HPV quadrivalente (MSD), que protege contra os tipos causadores de verrugas genitais e de câncer de colo do útero; e a Vacina Anti HPV bivalente (GSK) que protege contra os tipos 16 e 18.
A recomendação é de que as vacinas sejam tomadas em 3 doses, antes do início da vida sexual, de preferência antes dos 12 anos, com intervalo de 2 meses entre a primeira e a segunda dose, e 6 meses entre a segunda e a terceira. Mulheres já infectadas também devem ser imunizadas para proteção contra outros sorotipos do vírus.

A doença se manifesta por meio de verrugas ou é silenciosa.



As críticas

Na visão da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) apresentada por carta não há evidências de que a vacinação seja mais eficaz que a estratégia atual de rastreamento por meio do papanicolau, no exame ginecológico, uma vez que a imunização não cobre todos os sorotipos de vírus, e nem eliminam por completo as lesões precursoras do câncer. Em contrapartida, o Ministério da Saúde e as Sociedades Brasileiras de Pediatria, Ginecologia e Imunização, afirmam que as oposições a vacinação de HPV são fundamentadas em informações sem base científica.
As campanhas mundiais contra o vírus começaram em 2006. Nesses últimos 8 anos, não se pode ainda avaliar o impacto da vacinação sobre a mortalidade das mulheres, entretanto já é visível a brusca redução no número de infecções com o HPV.

A avaliação geral é que embora o método de rastreamento atual, o Papanicolau, seja eficaz, e igualmente defendido pelas duas frentes de opiniões, no Brasil, ele não tem alcançado a disseminação ideal. Dessa forma, em virtude da alarmante incidência de câncer de colo de útero entre a população de baixa renda, a campanha de vacinação mostra-se como estratégia válida em saúde pública

Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite Viral C e Coinfecções

1 Apresentação
Os medicamentos de ação direta contra o vírus da hepatite C constituem-se na estratégia mais recentemente desenvolvida para o tratamento desse agravo. Os primeiros antivirais de ação direta são o boceprevir (BOC) e o telaprevir (TVR), que pertencem à classe de inibidores da protease (IP). Esses medicamentos foram registrados na Anvisa, tendo o Conitec aprovado sua incorporação ao arsenal terapêutico do SUS.Ambos são utilizados em associação com alfapeginterferona e ribavirina – PEG-IFN + RBV (PR), constituindo assim uma terapia tripla (PR + IP).

Não existem estudos publicados que tenham comparado o boceprevir e o telaprevir de forma direta. Ambos os medicamentos possuem características farmacológicas distintas e foram empregados em diferentes estratégias de tratamento nos ensaios clínicos utilizados para seu registro em diversos países, incluindo o Brasil.A aprovação desses IP foi concedida exclusivamente para monoinfectados pelo genótipo 1 do HCV e com fibrose avançada (Metavir F3 e F4) ou cirrose hepática compensada (Child-Pugh ≤ 6), de acordo com a Portaria n° 20, de 25 de julho de 2012, SCTIE/MS, que incorporou essa nova tecnologia ao SUS.

Este documento tem como meta fornecer aos profissionais de saúde recomendações atualizadas e baseadas nas melhores evidências científicas disponíveis, de modo sistemático e transparente, como proposto pelo “Oxford Centre for Evidence-Based Medicine”. Também foram levadas em consideração a opinião de especialistas e as ações programáticas do Ministério da Saúde, baseadas no uso racional de medicamentos com abordagem técnica adequada.

Para todas as situações não contempladas neste Suplemento, permanecem em vigor as recomendações do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite Viral C e Coinfecções, versão de julho de 2011, aprovado pela Portaria n° 221, de 13 de julho de 2011 – SVS/MS.

Suplemento 1

Data de Publicação: 14/03/2013
Descrição: Complemento do Protocolo que trata especificamente do manejo do paciente infectado cronicamente pelo genótipo 1 do HCV e fibrose avançada.

Suplemento 2 

Data da Publicação: 26/09/2013

Versão final – Protocolo Clínico
Data de Publicação: 28/07/2011
Descrição: Este protocolo apresenta as recomendações do Ministério da Saúde para a abordagem clínica e terapêutica dos portadores da hepatite C, instrumentalizando os profissionais para o manejo das principais situações encontradas na rotina do atendimento. As recomendações foram consensuais entre os membros do Comitê Técnico Assessor, com exceção da utilização da resposta virológica rápida (RVR).

Versão Final

Errata: A versão do Protocolo publicada em 18/07/2011, de maio de 2011, sofreu algumas alterações por ocasião da primeira reunião do Comitê Técnico Assessor para o Controle das Hepatites Virais – SVS-MS, nos dias 27 e 28/7/2011. Com isso, estamos publicando a versão final, julho de 2011, com as alterações recomendadas na referida reunião. As alterações estão grifadas em amarelo:
  • Biópsia hepática: pág. 31;
  • Tratamento nos genótipos 2 e 3: págs. 40 e 41;
  • Coinfecção HIV-HCV: pág. 46;
  • Coinfecção HCV-HBV: pág. 49;
  • Pacientes pediátricos. pág. 48 à 54;
  • “Evento adverso”: págs. 7, 28, 58, 67, 68, 71 e 76.
Fonte: Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Hepatites virais

As hepatites virais mais comuns são a B e a C, ambas transmitidas pelo sangue.



Como o vírus ataca o nosso organismo?


Quais são as formas de transmissão?

A alteração no fígado causada pelo vírus deixa a pele da pessoa amarelada, sendo um sinal que evidencia a hepatite.



FIQUE SABENDO!!!
Você pode fazer o teste rápido, GRATUITAMENTE, ANONIMAMENTE e com apenas UMA GOTINHA de sangue. Em 15 minutos tem-se o resultado.
O teste é para HIV, sífilis, hepatites B e C.
Disponível no CTA - Centro de Testagem e Aconselhamento de sua cidade.  


quinta-feira, 17 de abril de 2014

Seleção para o Projeto de Extensão - Doenças Sexualmente Transmissíveis e Hepatites Virais


Pessoal, convidamos a todos para a inscrição no processo seletivo do Projeto de Extensão - Doenças Sexualmente Transmissíveis e Hepatites Virais.

O projeto trabalha com todas as faixas etárias, desde jovens até a terceira idade, realizando palestras, campanhas educativas, distribuição de material didático, atividades desenvolvidas dentro da Unifal, além do trabalho desenvolvido no blog. 

Confira nossas postagens! 
E qualquer dúvida sobre o projeto e o processo seletivo, entre em contato conosco!

Deixe seu nome, email, curso e período e logo entraremos em contato com você!!
Prazo de inscrições até dia 23/04 , quarta feira.
Obrigada!

Venha participar do projeto!

terça-feira, 15 de abril de 2014

Anticoncepcional oral e seus riscos


Estima-se que mundo todo 200 milhões de mulheres já tomaram pílula desde que ela foi introduzida na prática médica, há 50 anos. 
Quem toma pílula anticoncepcional não imagina que haja contraindicações para o uso, como no caso de hipertensão, tabagismo, obesidade e diabetes. Isso porque fatores como pressão alta, cigarro, excesso de peso ou até viagens constantes de avião podem favorecer o aparecimento de trombose nas pernas, embolia pulmonar, infarto ou acidente vascular cerebral (AVC). O risco nesses grupos é até quatro vezes maiores que em mulheres normais. E, após a menopausa, as chances aumentam ainda mais.

Pílula (Foto: Arte/G1)


Com o comprimido, há uma vasoconstrição e o processo de coagulação se acelera, o que pode levar à interrupção do fluxo sanguíneo e à formação de coágulos nos vasos do corpo feminino.
Mulheres obesas, com varizes ou que tenham diabetes também precisam ter cuidado com a pílula e considerar a ideia de optar por outros métodos anticoncepcionais.
Da mesma forma, quem viaja muito de avião, por horas prolongadas, precisa se cuidar. A pressão causada pela altura se reflete nos vasos sanguíneos, que ficam contraídos por mais tempo e têm mais chance de formar tromboses ou coágulos em outras regiões do corpo.
Pílula x cigarro
Não é difícil encontrar mulheres que fumam e tomam pílula ao mesmo tempo. Assumir o risco significa que um dia uma complicação pode acontecer. 
E a maioria não sabe dessa combinação explosiva. Segundo o ginecologista José Bento, os seis primeiros meses de uso concomitante são os mais perigosos. Depois de anos, a probabilidade de uma doença vascular diminui. 


Composição da pílula

Anticoncepcionais contêm em geral dois hormônios sintéticos, o estrogênio e o progestogênio, semelhantes aos produzidos pelo ovário da mulher.
Pílulas com menos de 0,03 mg de estrogênio são consideradas de baixa dosagem e devem ser sempre a primeira opção considerada, pois têm melhor tolerância, alta eficácia e baixo custo. As minipílulas são as que contêm apenas progesterona e são recomendadas para mães em fase de amamentação. Esse tipo, porém, pode favorecer a diabetes tipo 2, segundo estudos.
Os comprimidos que combinam hormônios atuam basicamente por meio da inibição da ovulação, além de provocar alterações nas características do endométrio e do muco cervical. É um método muito eficaz quando usado corretamente.
Alguns anticoncepcionais também combatem a cólica, tensão pré-menstrual (TPM), dor nas mamas, câncer do endométrio, cistos e câncer de ovário – que atinge duas em cem mulheres –, acne e excesso de pelos. Por isso, costuma ser um bom modo para tratar ovários policísticos.
Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fez um alerta sobre maior risco de trombose em pacientes que usam anticoncepcionais à base da substância drospirenona. Os EUA fizeram o mesmo alerta na semana passada.