sábado, 4 de julho de 2015

HERPES GENITAL

É uma doença sexualmente transmissível (DST), de alta prevalência, causada pelo vírus do herpes simples (HSV) pertencente à mesma família do vírus da catapora, do citomegalovírus e do herpes zoster. O HSV provoca lesões nas mucosas e na pele dos órgãos genitais masculinos e femininos e nunca mais abandona o organismo da pessoa infectada. Uma das características da infecção pelo HSV é que depois de um surto, ela pode regredir para reativar de forma imprevisível dias, meses e até anos mais tarde, se as defesas do organismo baixarem, pois o vírus do herpes persiste no organismo se escondendo dentro da raiz nervosa, assim o sistema imunológico não tem como atacá-lo. A primeira infecção é mais grave e mais longa que as subsequentes e se o sistema imunológico estiver íntegro, pode ser que seja a única. Existem casos que a pessoa infectada nunca desenvolve os sinais das doenças, mas todos os portadores do HSV podem transmiti-lo para o/a parceiro/a durante a relação sexual.



Causas

Dois tipos distintos de vírus podem causar a herpes genital:

Ø  Vírus do herpes simples Tipo 1 (HSV 1): vírus do herpes labial;

Ø  Vírus do herpes simples Tipo 2 (HSV 2): vírus do herpes genital.

Antigamente, acreditava-se que o HSV 1, vírus do herpes labial, manifestava-se na região da boca, nariz e às vezes dos olhos e que o HSV 2, vírus do herpes genital, estaria limitada às regiões genital, anal e das nádegas. Porém, com a prática do sexo oral, favoreceu a infecção pelo vírus do Tipo 2 nos lábios e do Tipo 1 nas genitais. Portanto, nada impede a presença de ambos tanto na região genital quanto na oral.

Fatores de Risco

No caso do herpes labial, as lesões podem aparecer após exposição solar intensa e, às vezes, se manifestam concomitantemente com episódios de vômitos, diarreia. A febre é característica da gastrenterocolite aguda provocada por alimentos mal conservados, pois a queda da resistência do organismo facilita o reaparecimento das lesões. Esses eventos ligados à perda de defesa do organismo explicam porque as vesículas que aparecem nos lábios são chamadas de febre intestinal.

O vírus pode ser transmitido mesmo na ausência das lesões cutâneas, pois feridas já cicatrizadas continuam eliminando o vírus e são potenciais transmissores da doença.

Outro fator de risco são pessoas que têm mais de um parceiro sexual, o que pode aumentar o risco de herpes genital e labial.

Manter relações sexuais sem o uso de preservativos é a principal causa de herpes genital o principal comportamento de risco.

Sinais e Sintomas do Herpes Genital

Muitas vezes, as pessoas não sabem que foram infectadas com o vírus do herpes genital, pois é comum a doença não manifestar sinais e sintomas. Foram listados abaixo, alguns sinais e sintomas característicos:

Ø  Dores e irritação que surgem de dois a dez dias após o contágio;

Ø  Ardor e prurido são sinais que podem anteceder a erupção cutânea;

Ø  O primeiro sinal é uma mancha avermelhada sobre a qual se forma um grupo de pequenas bolhas. Depois de alguns dias, elas se transformam numa ferida que cicatriza espontaneamente;

Ø  Úlceras nas regiões genitais que podem causar dor ao urinar e até mesmo sangrar;

Outros sinais e sintomas podem surgir:

Ø  As mulheres podem apresentar corrimento vaginal ou não conseguem esvaziar a bexiga e precisam se um cateter urinário;

Ø  Linfonodos aumentados e sensíveis na virilha durante uma crise.

Características das Lesões

No órgão genital masculino formam pequenas vesículas na pele, como se fossem bolhas de água que podem aparecer no pênis, na glande do pênis e às vezes no meato uretral. No órgão genital feminino, o aspecto da lesão é o mesmo que no órgão genital masculino, estão situadas nos grandes lábios, mas poderiam estar no interior do meato uretral, não sendo visíveis. As lesões podem atingir a região anal e perianal e se disseminarem se o sistema de defesa estiver debilitado. Essas vesículas na pele podem ser espalhadas se tocadas pelas mãos e, depois, passando as mãos por outras partes do corpo.

Evolução

As vesículas sem tratamento podem regredir espontaneamente, pois o organismo possui um sistema de defesa programado para limitar a erupção cutânea. O sistema de defesa do organismo limita apenas a lesão na pele, mas não a recidiva das lesões ou uma agressão mais virulenta do HSV. Por isso, nos indivíduos imunocompetentes, as lesões costumam regredir espontaneamente em média de 5 dias.

Uma característica importante do vírus do herpes genital é a unilateralidade, que é o fato de migrar sempre para o local da primeira infecção. O vírus do herpes genital pertence à mesma família do vírus da catapora, citomegalovírus e do herpes zóster. No herpes zóster essa unilateralidade é evidente.

Diagnóstico

Um exame físico muitas vezes é suficiente, mas existem algumas técnicas que podem ser utilizadas pelo médico para confirmar o diagnóstico, como:

Ø  Cultura do vírus e PCR (Reação em Cadeia de Polimerase): ambos pela coleta de uma amostra da lesão;

Ø  Exame de sangue: mostra se há presença ou não de anticorpos contra o vírus do herpes genital, indicando se houve infecção no passado.

Se o diagnóstico para herpes genital for positivo, o parceiro/a deve realizar os exames também.

Tratamento

É recomendado procurar um profissional de saúde para a indicação do tratamento adequado. Não há cura para herpes genital, mas o tratamento pode ajudar a evitar a recorrência da doença e impedir complicações mais graves.

O tratamento é feito basicamente por meio de medicamentos antivirais, que aliviam a dor e o desconforto causados durante a crise, curando as lesões com maior rapidez. O Aciclovir é uma substância utilizada no tratamento do herpes simples que necessita da ação enzimática do vírus para transformar-se num medicamento eficaz para matá-lo ou impedir que ele continue sua cadeia de multiplicação. Durante o mecanismo de evasão, quando o vírus está em estado latente, escondido no gânglio neural, o medicamento não tem efeito.

Algumas pessoas costumam passar uma pomada ou um creme no local da lesão, o que é um problema sério, pois determinadas medicações podem favorecer o prosseguimento da lesão cutânea e a proliferação do vírus ao redor da lesão inicial.
As bolhas não devem ser furadas!

Prevenção

A melhor forma de se prevenir do herpes genital e outras DST’s é fazendo o uso de preservativos durante as relações sexuais. Se o parceiro/a estiver infectado pelo vírus, é melhor evitar qualquer tipo de contato sexual até q a doença esteja sob controle.

Prognóstico

Uma vez infectado, o vírus permanece no corpo por toda a vida, sendo que algumas pessoas apresentam uma única crise e outras, apresentam crises frequentes. Acredita-se que os ataques de herpes genital ocorrem com as seguintes condições:

Ø  Estresse físico ou emocional;

Ø  Fadiga;

Ø  Doenças gerais (de doenças leves a sérias);

Ø  Imunossupressão devido a AIDS ou a medicamentos quimioterápicos ou esteroides;

Ø  Trauma na área afetada, inclusive a atividade sexual;

Ø  Menstruação.

Em imunocompetentes, o herpes genital permanece como uma infecção localizada e incômoda, mas raramente provoca riscos de vida.

Cuidados

Cuidados básicos podem ajudar a pessoa infectada a lidar melhor com a doença, curar as lesões mais rapidamente e impedir sua recorrência, como:

Ø  É recomendado lavar a região suavemente com água e sabonete neutro;

Ø  Banhos mornos podem aliviar a dor. Deve enxugar as bolhas após o banho, para mantê-las secas;


Ø  É recomendado o uso de roupas de algodão e confortáveis.



FONTES:

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