terça-feira, 8 de setembro de 2015

Gel experimental pode prevenir infecção por herpes genital

 Um estudo publicado recentemente no Jornal de Medicina da Inglaterra mostra uma formulação de gel vaginal que pode contribuir para a redução do risco de infecção de herpes genital em mulheres.


A herpes vaginal é uma infecção sexualmente transmissível comum e incurável. Os pesquisadores ingleses descobriram que este gel quando aplicado a vagina antes e após as relações sexuais, reduzem pela metade o risco de infecções de mulheres pelo vírus herpes simples (HSV) tipo 2.

Este estudo foi realizado na África do sul, que atualmente é um dos países que mais sofre com a disseminação da doença. O vírus também é comum em outras partes do mundo, sendo que na África subsaariana cerca de 80 por cento das mulheres sexualmente ativas e 50 por cento dos homens são afetados pela doença.

O gel contém em sua composição a droga tenofovir, que é utilizada para tratamento da aids. A composição gel ainda é experimental e necessitará passar por alguns testes para assim ser ou não aprovado como medicação pelos órgãos reguladores em vários países.

A formulação oral de tenofovir foi criada inicialmente para o tratamento da aids. O gel está sendo estudado em concentrações muito superiores à forma comprimido já comercializada.Alguns testes anteriores já haviam indicado que a formulação gel seria útil para a redução da infecção pelo vírus, porém quando utilizado por um grupo de mulheres os resultados mostraram-se insatisfatórios. Os pesquisadores associaram estes resultados ao uso errôneo do gel por estas mulheres.

A infecção pelo vírus herpes simples HSV-2 não é normalmente considerada perigosa ou fatal. O paciente infectado pelo vírus, por vez apresenta feridas dolorosas no órgão genital, região retal ou boca. Em alguns casos, pode não levar a sintomas evidentes, influenciando na disseminação da doença.

Em casos raros, o vírus pode invadir o tecido cerebral e desencadear uma inflamação potencialmente fatal. Além disso, em mulheres grávidas, pode ser passado da mãe para o feto, podendo ocasionar abortos ou má formações.

Os pesquisadores ingleses veem no tenofovir uma provável arma adicional no tratamento de infecção por HVS-2, tanto em países desenvolvidos, como em países em desenvolvimento. A droga tem promissoras chances de ser utilizada como alternativa aos atuais medicamentos de tratamento da herpes, como aciclovir, famciclovir e valaciclovir .

Fonte: http://www.foxnews.com/health/2015/08/06/experimental-gel-partially-protects-against-genital-herpes/

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