terça-feira, 20 de outubro de 2015

Hospitais poderão coletar evidência para investigação de violência sexual

Algumas unidades do SUS já estão treinadas para tendimento médico e legal. Medida evita que mulher tenha de passar por exames mais de uma vez.



Exames realizados por alguns hospitais do SUS (Sistema Único de Saúde) em vítimas de violência sexual poderão a partir de agora ser usados em investigações policiais. A medida, que elimina a necessidade procedimentos nos IMLs, tem como objetivo evitar que as pessoas que enfrentam o problema tenham de se expor mais de uma vez para atendimento médico e medidas legais.
Segundo o Ministério da Saúde, 52 hospitais da rede já estão preparados para realizar exame físicos, descrição de lesões, registro de informações e coleta de vestígios que são frequentemente requisitados pela polícia.
“A medida reduz a exposição da pessoa que sofreu a violência, evitando que as vítimas sejam submetidas a vários procedimentos”, afirmou comunicado do ministério. “Os profissionais serão capacitados para atender vítimas de agressão sexual por meio de força física (estupro), abuso sexual e casos relacionados a abuso sexual envolvendo crianças, dentro ou fora de casa.”
As equipes já treinadas para fazer o atendimento estão orientadas a coletar vestígios como sêmen, secreções vaginal e anal e outros fluidos depositados no corpo, importantes em investigações para identificar agressores.
O procedimento será feito na mesma ocasião em que a vítima recebe atendimento médico para tratamento de eventuais ferimentos, combate a doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada. O ministério orienta as vítimas de violência sexual a discarem 180 – Central de Atendimento à Mulher --  para saberem como proceder e onde podem ser atendidas.

Fique sabendo!!


Define-se como estupro o ato de constranger a mulher de qualquer idade ou condição à conjunção carnal (relação com penetração vaginal, anal), por meio de violência ou grave ameaça, sendo crime previsto no artigo 213 do Código Penal Brasileiro. O estupro deve ser diferenciado do atentado violento ao pudor, que consiste em constranger alguém mediante violência ou grave ameaça a praticar ou permitir que se pratique ato libidinoso diverso da conjugação carnal, o que também é crime (artigo 214). Sua real freqüência é desconhecida porque as vítimas hesitam em informar, devido à humilhação, medo, sentimentos de culpa, desconhecimento sobre as leis e descrédito no sistema judicial.


O abuso sexual está ligado a problemas de saúde pública e reprodutiva tais como, doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada, além das disfunções sexuais que podem produzir. A violência sexual praticada durante a gravidez representa fator de risco para saúde da mulher e do feto, por aumentar a possibilidade de complicações obstétricas, abortamento e de recém-nascidos de baixo peso. As infecções de transmissão sexual, adquiridas durante o estupro, quando não tratadas, podem levar a quadros de doença inflamatória pélvica e esterilidade; dentre estas pode estar a infecção pelo HIV.


O trauma emocional do abuso sexual resulta da violência em si e também do medo de gravidez ou de ter adquirido uma DST, inclusive o HIV. A reação imediata é de medo persistente, perda de auto-estima e dificuldade de relacionamento. Os efeitos psicológicos crônicos do abuso sexual se enquadram no distúrbio de estresse pós-traumático. O medo de ter contraído infecção pelo HIV aumenta a ansiedade da vítima. O grau de risco de contrair HIV depende da condição clínica e sorológica do agressor, do tipo de trauma e das freqüências das agressões. O tipo de exposição sexual (vaginal, anal ou oral), o trauma associado, a presença de outra DST inflamatória ou ulcerativa, e a exposição a secreções sexuais e/ou sangue, são relevantes na avaliação do risco de transmissão do HIV.

O atendimento à vítima de estupro é complexo, necessitando idealmente de cuidados de uma equipe multidisciplinar familiarizada com casos similares. As vítimas de estupro necessitam de diagnóstico e acompanhamento cuidadosos para uma multiplicidade de condições clínicas, incluindo apoio psicológico, amparo forense, prevenção da gravidez indesejada e profilaxia das DST. Cabe ao médico atender a vítima da violência, não sendo aceitável a recusa que pode gerar infração segundo o artigo 13, § 2º do Código Penal Brasileiro (qualquer conseqüência para saúde física e mental decorrente da omissão de atendimento). Os casos de violência sexual contra a mulher devem ser notificados pelos serviços que prestam atendimento segundo Lei 10.778/03.

Os pacientes devem ser informados sobre os efeitos físicos e psicológicos do abuso sexual e da necessidade de:


• profilaxia da gravidez (nos casos de coito desprotegido para mulheres em período fértil);

• início da antibioticoprofilaxia para DST;

• coleta imediata de sangue para sorologia para sífilis, HIV, hepatite B e C (para conhecimento do estado sorológico no momento do atendimento para posterior comparação); e

• agendamento do retorno para acompanhamento psicológico e realização de sorologia para sífilis (após 30 dias) e para o HIV (após no mínimo 3 meses).

• Vacina e imunoterapia passiva para hepatite B.

• Profilaxia do HIV.


O Projeto de Extensão "Doenças Sexualmente Transmissíveis e Hepatites Virais" também está ligado à essa causa!! Não a violência sexual.
Qualquer dúvida, entre em contato conosco.
Fontes: G1 e MedicinaNET.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

São Paulo terá hormonioterapia para transexuais na rede básica de saúde

Serviço gratuito será iniciado nas Unidades Básica de Saúde (UBS) do centro da capital paulista e contará com atendimento psicológico e endocrinológico

São Paulo – A prefeitura de São Paulo lançou em primeiro de outubro o serviço de hormonioterapia gratuita para população transexual na rede básica de saúde da capital paulista. O atendimento será iniciado pelas nove Unidades Básicas de Saúde (UBS) da região central, que, segundo a prefeitura, concentra 70% das pessoas transexuais da cidade. E vai contar com acompanhamento de psicólogo e endocrinologista, além da criação de um protocolo de atendimento aos usuários interessados em iniciar a hormonioterapia. 


Hormônios

O tratamento com hormônios tem como finalidade o desenvolvimento de características sexuais secundárias compatíveis com a identidade de gênero da pessoa. Geralmente a hormonioterapia é para a vida toda, sendo interrompida somente para a realização de cirurgias.
Por falta de atendimento na rede pública, muitas pessoas transexuais acabam recorrendo à automedicação. No entanto, o ideal é ter o acompanhamento com o endocrinologista para estabelecer a dose ideal do medicamento para cada pessoa e evitar problemas relacionados ao uso inadequado de hormônios.

Remédios - Hormônio - Divulgaçao

“Primeiramente, o paciente precisa procurar uma dessas UBSs onde passará por sessões com um psicólogo que irá elaborar um laudo analisando se ele está convicto que é aquilo que quer e vai encaminhar o paciente para consulta com o endocrinologista que vai solicitar exames e avaliar se vai prescrever o tratamento”, destacou o secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha.
Ao procurar uma UBS buscando a hormonioterapia, a pessoa será encaminhada para uma unidade que tenha atendimento psicológico. Já o médico endocrinologista fará atendimento somente na UBS Santa Cecília. “A ideia é que possamos levar essa discussão e a capacitação dos profissionais para as outras regiões da cidade, já que na maioria delas já há atendimento ao público LGBT”, disse Padilha.
Nesta primeira fase, o cuidado será iniciado com as beneficiárias do Projeto Transcidadania – política de fortalecimento da recolocação profissional, reintegração social e resgate da cidadania –, pois a maioria delas já faz uso de hormônio.
“Essa é a primeira ação de outras que foram definidas e serão implementadas de forma gradativa seguindo as diretrizes da linha de cuidados para poder atender às necessidades desta população. A hormonioterapia precisa ser acompanhada por um profissional qualificado, com prescrição médica, para que a população trans não coloque a saúde em risco”, afirmou Padilha.
O tratamento com hormônios busca induzir o desenvolvimento de características sexuais secundárias compatíveis com a identidade de gênero da pessoa. De forma geral, a hormonioterapia deve ser continuada pela vida toda, sendo interrompida somente para a realização de cirurgias.


Por falta de atendimento na rede pública, muitas pessoas transexuais acabam recorrendo à automedicação. Porém, o ideal é ter o acompanhamento com o endocrinologista para estabelecer a dose ideal do medicamento para cada pessoa e evitar problemas relacionados ao uso inadequado de hormônios.
Anteriormente a população transexual de São Paulo contava com atendimento de hormonioterapia apenas no Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids do governo paulista, que presta atendimento à população transgênero desde 2010, no bairro Santa Cruz, zona sul da capital paulista.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Saiba o que é preciso falar com sua filha quando ela der início à vida sexual

Mas atenção: tenha muito cuidado para a conversa ser amigável, não em tom de ameaça nem de represália


Não importa se você irá se sentir constrangido e desconfortável diante de sua filha falando sobre anticoncepcional, cuidados e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), pois ela precisa ouvir isso de você, pai ou mãe. Esse tipo de informação não pode vir de terceiros para o adolescente.

Mas atenção na hora do papo: cuide para ser uma conversa agradável, não em tom de ameaça ou de represália. Saiba que, a partir do momento em que sua filha começou a menstruar, o risco de engravidar existe!

Sem contar que cerca de metade das novas DSTs, a cada ano, atinge adolescentes e adultos jovens. Esses, com idades entre 15 e 24 anos.



Tudo às claras
Por isso mesmo, se você acha que sua filha pode estar começando a pensar em fazer sexo, dedique um tempo do seu dia para conversar com ela sobre todas as formas seguras de se preservar. 

É preciso que ela saiba que, em apenas uma relação sexual, ela já pode engravidar ou contrair uma doença, inclusive pela prática do sexo oral. O pior é que muitas DSTs não apresentam sintomas, e, por isso, é bem comum não saber que se está infectado.
Durante esse diálogo, explique como funciona o uso de uma camisinha. Destaque com a sua filha que o preservativo é um dos melhores métodos contraceptivos para se evitar a gravidez, pois, além disso, protege contra as DSTs.
Base do relacionamento
Esclarecidas essas questões mais relacionadas à saúde da mulher, inclua no bate-papo de vocês o tema romance, que começa a tomar corpo nessa fase da vida. A primeira paixão faz parte da adolescência, e você precisa deixar claro que confiança, honestidade e respeito formam a base de um relacionamento saudável e equilibrado, para que, na hora que ela comece a se relacionar, tenha isso como referência.

Ah, e também não se esqueça de falar sobre o sexting, que se caracteriza por enviar fotos nuas ou mensagens sexuais por celular. Isso está cada vez mais comum! 

Sua filha deve saber que, se fizer isso, correrá um sério risco de ver sua intimidade exposta entre colegas ou na internet. Boa sorte!
Se você tiver dúvidas ou sugestões de assunto, escreva para o blog!!

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Gestação e Doenças Sexualmente Transmissíveis

A gravidez não dá à mulher nem ao seu bebé nenhuma proteção especial em relação às doenças sexualmente transmissíveis, estando susceptível às mesmas doenças que as mulheres não grávidas. Na gravidez, pelo contrário, aumentam os riscos de contrair DST uma vez que o sistema imunitário se encontra mais débil e não é capaz de combater tão eficazmente as infecções que possam ocorrer.

As consequências das DST podem ser muito mais graves nas mulheres grávidas, podendo pôr a sua vida e a do bebé em risco.

Algumas DST como o herpes genital ou a vaginose bacteriana são muito comuns nas mulheres grávidas e tal como outras doenças sexualmente transmissíveis podem não causar sintomas até à gravidez.

As doenças sexualmente transmissíveis podem ter as mesmas consequências para as mulheres grávidas do que para as mulheres não grávidas. Podem causar:
- Cancro do colo do útero
- Hepatite crônica
- Inflamação pélvica
- Infertilidade

As DST podem ser transmitidas da mãe para o bebé antes, durante e depois do nascimento. Algumas doenças sexualmente transmissíveis como a sífilis podem atravessar a placenta e infectar o bebé no útero. Outras como a gonorreia, a clamídia, a hepatite B e o herpes genital, podem ser transmitidas durante o nascimento. No caso do HIV, o bebé pode ser infectado durante a gestação, o nascimento e através da amamentação.

Os efeitos prejudiciais das DST nos bebés podem ir desde:
- Morte fetal
- Baixo peso ao nascer
- Conjuntivite
- Pneumonia
- Septicemia neonatal
- Danos neurológicos
- Cegueira e surdez
- Hepatite aguda
- Meningite
- Doença hepática crônica e cirrose

Muitos destes problemas podem ser prevenidos se a mulher receber tratamento pré-natal após ter sido testada a doenças sexualmente transmissíveis. A maioria das consequências das DST não são aparentes durante o parto e apenas podem ser detectadas meses ou até anos mais tarde.

A clamídia, a gonorreia, a sífilis e a tricomoníase podem ser tratadas com antibióticos durante a gravidez. Não existe cura para as DST virais como o herpes genital ou o HIV, mas pode estar indicada medicação antiviral para mulheres com herpes e sobretudo para mulheres com HIV. Nas mulheres com herpes genital ativo na altura do parto, deve optar-se pela cesariana para evitar o contágio do recém-nascido.

O único método contraceptivo capaz de evitar doenças sexualmente transmissíveis durante a gravidez é o preservativo, que quando usado corretamente, é extremamente eficaz em reduzir o risco de transmissão das doenças sexualmente transmissíveis como a clamídia, a gonorreia e a tricomoníase. A mulher grávida deve proteger-se e ao seu bebé de possíveis DST durante toda a gravidez e principalmente no terceiro trimestre de gravidez, onde as consequências de uma DST podem ser extremamente graves.

Fonte: 121Doc




quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Novo exame para Hepatite C será ofertado pelo SUS

Um novo exame para avaliar o grau de comprometimento do fígado dos pacientes com hepatite C está sendo incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS). A Elastografia Hepática Ultrassônica integra o novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Hepatite C, publicado neste ano. A portaria nº 47, que estabelece sua incorporação na rede pública de saúde, foi publicada no Diário Oficial da União.

O exame irá facilitar o diagnóstico aos pacientes que irão utilizar os novos medicamentos para o tratamento da hepatite C (sofosbuvir daclatasvir e simeprevir), incorporados recentemente ao SUS. A Elastografia Hepática Ultrassônica é segura, eficaz e efetiva para diagnóstico e definição do estágio da fibrose hepática quando comparada à biópsia hepática – atual padrão de diagnóstico - pois possui níveis de sensibilidade e especificidade significativas, com a vantagem de ser um exame indolor e não invasivo.
“Essa incorporação é mais um importante avanço que tem como objetivo ampliar e melhorar, cada vez mais, a assistência prestada aos pacientes com hepatite C. Com esse exame e com os novos medicamentos, o sistema público brasileiro passará a oferecer o que há de mais moderno no diagnóstico e tratamento da doença”, informou o diretor do Departamento de Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita.
A incorporação da Elastografia Hepática Ultrassônica foi recomendada pela Comissão de Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) conforme Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Hepatite C crônica estabelecidos pelo Ministério da Saúde. A previsão é que o novo exame esteja disponível para os usuários do SUS em até 180 dias. Os softwares, que serão instalados nos equipamentos de ultrassonografia já existentes na rede do SUS, serão adquiridos pelo Ministério da Saúde.

Hepatite C – O SUS garante o acesso aos medicamentos de combate à doença para todos os pacientes diagnosticados e com indicação de tratamento medicamentoso. Vale ressaltar que nem todas as pessoas que contraíram o vírus precisam ser medicadas, sendo uma recomendação estabelecida por protocolo e avaliação médica. Em junho, o Ministério da Saúde anunciou que o SUS passará a ofertar, ainda este ano, um dos tratamentos mais inovadores disponíveis no mundo, composto pelos medicamentos daclatasvir, sofosbuvir e simeprevir.
A nova terapia apresenta taxa de cura de 90%, significativamente maior que todos os tratamentos utilizados até o momento, e duração de 12 semanas, contra as 48 semanas de duração da terapia anterior.  Outra vantagem é que todo o tratamento é oral, proporcionando conforto ao paciente e maior adesão.
Em 13 anos de assistência à doença no SUS, foram notificados e confirmados 120 mil casos, e realizados mais de 100 mil tratamentos. Atualmente são 10 mil casos notificados ao ano. Estima-se que a tipo C seja a responsável por 350 e 700 mil mortes por ano no mundo. No Brasil, são registrados cerca de três mil mortes por ano associadas à hepatite C. 
Desde 2011, o país também distribui testes rápidos para a hepatite C. Naquele ano, foram distribuídos 15 mil testes, já em 2014 o número saltou para 1,4 milhão de testes.
Sem diagnóstico até 1993, a hepatite C é uma doença de poucos sintomas. Como os exames disponíveis no SUS o diagnóstico poderá ser feito facilmente. Além das transfusões de sangue, outras formas de transmissão são o compartilhamento de objetos perfuro-cortantes de uso pessoal e de seringas e agulhas para o uso de drogas.

Fonte: Portal da Saúde - SUS

sábado, 3 de outubro de 2015

Mulheres com vírus da Aids podem ser vacinadas contra HPV



Vacina passou a ser oferecida para portadoras do vírus que tenham entre 9 e 26 anos. Público tem cinco vezes mais chances de desenvolver câncer do colo do útero.A partir de agora, mulheres de 9 a 26 anos que vivem com Aids vão poder ser vacinadas contra o HPV, vírus responsável por provocar o câncer do colo do útero.

Segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro, a vacina passou a ser oferecida para essas mulheres porque elas têm cinco vezes mais chances de desenvolver a doença do que a população em geral.
"Há estudos importantes que mostram que mulheres entre 9 e 26 anos, que têm HIV, devem ser vacinadas porque a incidência do câncer do colo do útero entre mulheres que infectadas pelo HIV e pelo HPV, aumenta em mais de cinco vezes. Portanto, há uma recomendação de que meninas de 9 e até mulheres de 24 e 26 anos façam a vacinação contra o HPV para conferir uma proteção adicional ao câncer do colo do útero, até porque a vacina também protege contra essas outras doenças genitais."
A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues, explica que as mulheres de 9 a 26 anos que vivem com Aids terão mais qualidade de vida se forem vacinadas contra o HPV.
"Se elas estiverem protegidas contra o HPV, elas não vão ter risco de ter infecções persistentes. Então é no sentido de ampliar melhor qualidade de vida para essas mulheres. Então é uma evolução do programa. Todas as nossas tomadas de decisão são baseadas em evidências. Por isso, a vacina é eficaz também para mulheres até 26 anos."
As mulheres de 9 a 26 anos que vivem com Aids podem ser vacinadas contra o HPV em todos os postos de vacinação, nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais e nos Centros de Atenção Especializado que possuem sala de vacina. Para receber a dose, basta apresentar no local de vacinação a prescrição médica
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Câncer do colo do útero
O câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil, atrás apenas do de mama e de brônquios e pulmões. O número de mortes por câncer do colo do útero no País aumentou 28,6% em 10 anos, passando de 4.091 óbitos,
em 2002, para 5.264, em 2012, de acordo com o Atlas de Mortalidade por Câncer no Brasil, publicação do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Tomar a vacina na adolescência é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. No entanto, a imunização não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. 
O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativo.

Disponível em :<http://portalsaude.saude.gov.br/> em 03 out 2015.