VISTA-SE! - PRESERVATIVO MASCULINO
Considerado hoje o mais seguro método para prevenção de DSTs, o preservativo masculino (popularmente conhecido como camisinha) é também um método contraceptivo. Os preservativos são, inclusive, os únicos métodos a possuírem as duas ações. É um mecanismo de barreira - insto é, que impedem fisicamente a passagem dos espermatozoides. Por esse mesmo princípio, a camisinha impede também a passagem dos agentes patógenos entre as mucosas durante a relação sexual.
A camisinha pode ser fabricada de diversos materiais, sendo o principal o látex. Entretanto, pode ser feita também de poliuretano e, no caso da feminina, de nitrilo. O látex é a substância mais comum, e além de ser mais barato, apresenta uma série de características que o tornam interessante para a fabricação dos preservativos. Os demais materiais serão abordados em postagens futuras.
A camisinha pode ser fabricada de diversos materiais, sendo o principal o látex. Entretanto, pode ser feita também de poliuretano e, no caso da feminina, de nitrilo. O látex é a substância mais comum, e além de ser mais barato, apresenta uma série de características que o tornam interessante para a fabricação dos preservativos. Os demais materiais serão abordados em postagens futuras.
O látex, de onde se extrai a borracha natural, é um polímero emulsificado. Tal composto é, principalmente, extraído de árvores do gênero Hevea brasiliensis (seringueira). É o exsudato citoplasmático de células laticíferas, ou produtoras de látex, obtido pela lesão do tecido vegetal. A unidade funcional do látex é o polímero de cis -1,4- poliisopreno, esquematizado na figura abaixo:
O látex é praticamente neutro, com pH 7,0 a 7,2, mas quando exposto ao ar por um período de 12 a 24 horas, o pH cai para 5,0 e sofre coagulação espontânea, formando o polímero que é a borracha , representada por (C5H8)n , onde n é da ordem de 10 000 e apresenta massa molecular média de 600 000 a 950 000 g/mol.
A borracha natural apresenta grande elasticidade, flexibilidade e resiliência. Essas características oferecem aos preservativos a possibilidade da fabricação de um único tamanho para uma variada gama de usuários e a grande resistência à tração, que dificulta os rompimentos Entretanto, somente com o processo denominado vulcanização, que aprimora essas características, pode-se a confeccionar as atuais camisinhas, ultra-finas e ultra-elásticas.
Em 1839 Charles Goodyear descobriu o processo de vulcanização da borracha. O processo consiste na adição de enxofre à borracha, e, posteriormente, seu aquecimento. Assim, ocorrerá quebra das ligações duplas e a formação de pontes de enxofre em seu lugar. Essas pontes formam as chamadas ligações cruzadas. As moléculas da borracha formam uma espécie de rede tridimensional, que reduz a mobilidade e o movimento. O artefato, então, adquire uma forma fixa, não mais moldável, mas ainda elástico e flexível. O material também não mais amolece quando exposta ao calor, e nem congela no frio( ou seja, a borracha, passa de termoplástica para termorrígida).
Para transformar o látex vulcanizado nas camisinhas que conhecemos, uma série de processos envolvem sua fabricação, além de vários testes serem realizados. Esse processo é regulado pela ISO/DIS 29943-1.
Após o processo de vulcanização que é o mais importante para obter as camisinhas ultra elásticas e resistentes que conhecemos hoje em dia, a borracha vulcanizada agora ganhará forma passando pelas seguintes etapas até estar pronta para o uso:
1 - Moldes de vidro são imersos em um tanque cheio de látex vulcanizado para dar a forma as camisinhas. Depois disso uma sequencia alternada de estufa e imersão ajudam a reforçar a camada de látex.
2 - Em seguida a camisinha em estado bruto passa por escovas rotativas, formando assim a bainha do preservativo. Logo depois, outra estufa é utilizada para eliminar mais água do composto a fim de se obter a borracha consistente.
3 - Nessa etapa ocorre o processo de lixiviação do látex que busca remover compostos alérgenos do preservativo. Para isso as camisinhas são imersas em tanques com produtos químicos. Tanto substâncias originais do látex quanto produtos adicionados na vulcanização são descartados.
4 - Nesse passo, um jato de água retira os preservativos dos moldes e os lança em uma esteira. O molde será reutilizado após uma lavagem e a camisinha, para eliminar sua consistência grudante, é banhada com talco, sílica e amido de milho. Depois disso, é secada e enviada para os testes de qualidade.
5 - Um destes testes, é a aplicação de uma corrente elétrica para conferir a presença de furos nos preservativos, se houver passagem de carga elétrica, existem defeitos.
6 -Após o teste elétrico, os preservativos são enviados a uma esteira já enrolados, recebem lubrificante. Algumas amostras são enviadas para o teste de insuflação por ar e enchimento por líquido para garantir sua resistência e elasticidade.
FABRICAÇÃO DA CAMISINHA
Após o processo de vulcanização que é o mais importante para obter as camisinhas ultra elásticas e resistentes que conhecemos hoje em dia, a borracha vulcanizada agora ganhará forma passando pelas seguintes etapas até estar pronta para o uso:
1 - Moldes de vidro são imersos em um tanque cheio de látex vulcanizado para dar a forma as camisinhas. Depois disso uma sequencia alternada de estufa e imersão ajudam a reforçar a camada de látex.
2 - Em seguida a camisinha em estado bruto passa por escovas rotativas, formando assim a bainha do preservativo. Logo depois, outra estufa é utilizada para eliminar mais água do composto a fim de se obter a borracha consistente.
3 - Nessa etapa ocorre o processo de lixiviação do látex que busca remover compostos alérgenos do preservativo. Para isso as camisinhas são imersas em tanques com produtos químicos. Tanto substâncias originais do látex quanto produtos adicionados na vulcanização são descartados.
4 - Nesse passo, um jato de água retira os preservativos dos moldes e os lança em uma esteira. O molde será reutilizado após uma lavagem e a camisinha, para eliminar sua consistência grudante, é banhada com talco, sílica e amido de milho. Depois disso, é secada e enviada para os testes de qualidade.
5 - Um destes testes, é a aplicação de uma corrente elétrica para conferir a presença de furos nos preservativos, se houver passagem de carga elétrica, existem defeitos.
QUESTÕES POLÊMICAS
O Vaticano argumenta que a camisinha não protegeria contra o vírus do HIV, pois, supostamente, até mesmo os espermatozoides passariam pela "rede" formada pelo látex. Além disso, ano após ano, um rumor sobre um suposto estudo científico que dizia que o preservativo masculino apresentava diversos poros - que permitiam a passagem dos vírus do HIV - ressurge. Entretanto, estes eram desdobramentos de uma carta enviada ao Washington Times, em 1992. Feito por Mike Roland, então editor da Rubber Chemistry and Technology, o estudo que embasou a carta foi feito, na verdade, com luvas de borracha.
Estudos demonstraram a efetividade da barreira de látex das camisinhas através de microscopia eletrônica de varredura, onde evidenciou-se que os mesmos não apresentavam porosidade, que mesmo vírus de diversos tamanhos não passam através da membrana de preservativos intactos, mesmo quando o artefato é alongado e estressado. A barreira é suficiente para bloquear a passagem , por exemplo, do vírus do HIV (125 nm) e mesmo do vírus da hepatite B (40nm) - um espermatozóde, para comparação, possui cerca de 3000 nm. Assim, quando os preservativos masculinos são usados de forma consistente e correta, a redução do risco da infecção pelo HIV é da ordem de 80 a 95%.
E O PRESERVATIVO FEMININO?
O preservativo feminino também serve para se prevenir contra a aids, hepatites virais e outras doenças sexualmente transmissíveis. Assim como a opção masculina, também evita uma gravidez não desejada. Por ficar dentro do canal vaginal, a camisinha feminina não pode ser usada ao mesmo tempo em que a masculina. É feita de poliuretano, um material mais fino que o látex da camisinha que envolve o pênis. É, também, mais lubrificada.
POR QUE USAR O PRESERVATIVO?
A camisinha é o método mais eficaz para se prevenir contra muitas doenças sexualmente transmissíveis, como a aids, alguns tipos de hepatites e a sífilis, por exemplo. Além disso, evita uma gravidez não planejada. Por isso, use camisinha sempre!!!!
Mas o preservativo não deve ser uma opção somente para quem não se infectou com o HIV. Além de evitar a transmissão de outras doenças, que podem prejudicar ainda mais o sistema imunológico, previne contra a reinfecção pelo vírus causador da aids, o que pode agravar ainda mais a saúde da pessoa.
FONTES:
Bó, Maria Cristina. Degradação de preservativos masculinos de borracha natural – análise de dados modelagem do processo e previsão do tempo de validade. 2007. Tese (Doutorado em Ciência e Tecnologia de Polímeros). Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano – IMA, 2007.
BRASIL, Ministério da Saúde de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Manual de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.
CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA - IV REGIÃO. Borracha - química e tecnologia [Sítio eletrônico]. Disponível em: <http://www.crq4.org.br/quimicaviva_borrachas>. Acessado em 12/04/2015.
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ONG, Eng Long, . Condom testing contributes to disease prevention. ISO Focus. June 2009. Disponível em: <http://www.iso.org/iso/isofocus_article_on_condoms.pdf>. Acessado em 12/04/2015.
PROJETO RISCO BIOLÓGICO. DIsponível em: ,http://www.riscobiologico.org/pagina_basica.asp?id_pagina=31>. Acessado em 12/04/2015.
MUNDO ESTRANHO Canais. Como é feita a camisinha? . Disponível em : <http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-e-feita-a-camisinha> . Acessado em 13/04/2015.
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UOL Notícias. Vaticano diz que camisinha não protege contra Aids. Disponível em : <http://noticias.uol.com.br/inter/reuters/2003/10/09/ult27u38684.jhtm>. Acessado em 12/04/2015.
BRASIL, Ministério da Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Portal sobre aids, doenças sexualmente transmissíveis e hepatites virais. Disponível em: <http://www.aids.gov.br>
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BRASIL, Ministério da Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Portal sobre aids, doenças sexualmente transmissíveis e hepatites virais. Disponível em: <http://www.aids.gov.br>
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