Conhecendo a Hepatite B
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A hepatite B é uma doença causada pelo vírus B(HBV). É uma patologia infecciosa com preferência pelas células hepáticas, os hepatócitos, ou seja hepatite é a inflamação do fígado e devido a importância desse órgão para a homeostase do organismo e haver a possibilidade da transmissão por via sexual, ela se tornou uma doença de grande importância para a saúde pública.
Entre as causas de transmissão estão:
- por relações sexuais sem camisinha com uma pessoa infectada,
- transmissão vertical( mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação),
- ao compartilhar material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos), de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam) ou de confecção de tatuagem e colocação de piercings,
- por transfusão de sangue contaminado.
Como saber se estou infectado?
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A maioria dos casos de hepatite B são assintomáticos. Mas, os mais frequentes são cansaço, tontura, nauseas/vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Esses sinais costumam aparecer de um a seis meses após a infecção.
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O diagnóstico da hepatite B é feito por meio de exame de sangue específico. Após o resultado positivo, o médico indicará o tratamento adequado. Além dos medicamentos (quando necessários), indica-se corte no consumo de bebidas alcoólicas pelo período mínimo de seis meses e remédios para aliviar sintomas como vômito e febre.
Tanto tempo, como assim?
Exato, leitor. A hepatite B apresenta forma aguda e crônica. A aguda é quando a infecção tem curta duração. Já a crônica, é quando a doença dura mais de seis meses. O risco de a doença tornar-se crônica depende da idade na qual ocorre a infecção. As crianças são as mais afetadas. Naquelas com menos de um ano, esse risco chega a 90%; entre 1 e 5 anos, varia entre 20% e 50%. Em adultos, o índice cai para 5% a 10%. Os riscos da hepatite crônico remetem a predisposição a uma cirrose hepática, patologia na qual os tecidos hepáticos são substituídos por tecidos fibróticos comprometendo a função hepática, e o possível desenvolvimento de um tumor, carcinoma, um câncer de fígado.
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Então hepatite pode matar, como faço para me prevenir?
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Evitar a doença é muito fácil, o uso de camisinha em todas as relações sexuais e o não compartilhamento de objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings formam um leque de medidas práticas.Além disso, a vacina contra a hepatite B faz parte do calendário de vacinação da criança, do adolescente e do adulto e está disponível nas salas de vacina do Sistema Único de Saúde (SUS), que ampliou a oferta da vacina para a faixa etária de 30 a 49 anos. Além disso, todo recém-nascido deve receber a primeira dose logo após o nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida. Se a gestante tiver hepatite B, o recém-nascido deverá receber, além da vacina, a imunoglobulina contra a hepatite B, nas primeiras 12 horas de vida, para evitar a transmissão de mãe para filho. Caso não tenha sido possível iniciar o esquema vacinal na unidade neonatal, recomenda-se a vacinação na primeira visita à unidade pública de saúde. É necessário :
- ter até 49 anos, 11 meses e 29 dias,
- pertencer ao grupo de maior vulnerabilidade (independentemente da idade) - gestantes, trabalhadores da saúde, bombeiros, policiais, manicures, populações indígenas, doadores de sangue, gays, lésbicas, travestis e transexuais, profissionais do sexo, usuários de drogas, portadores de DST.
A imunização só é efetiva quando se toma as três doses, com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose.
Um olhar bioquímico sobre a vacina
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A vacina hepatite B (recombinante) é constituída de partículas não infecciosas de antígeno de superfície da Hepatite B (HBsAg), ou seja as proteínas presentes na região mais superficial do vírus, altamente purificadas, produzida por DNA recombinante em células de levedura (Saccharomyces cerevisiae), adsorvidas em sais de alumínio como adjuvante e contém timerosal, um derivado de mercúrio, como conservante.
HbsAg, é o primeiro marcador da doença, detectável no soro antes do aparecimento dos sintomas, aparece em altos níveis na fase aguda da doença. Se a doença evoluir para cura, seus níveis diminuem em torno de 6 meses. Na forma crônica da doença, permanece por mais de seis meses.
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Após o desaparecimento do Ag HBs, os anticorpos anti-HBs aparecem no soro, embora haja sempre um período de janela imunológica da infecção entre o desaparecimento do Ag HBs e o aparecimento dos anti-HBs (soroconversão).
Efeitos adversos?
Os eventos adversos mais comuns são a dor no local da aplicação (3% a 29%) e febre baixa (1% a 6%); são mais freqüentes em adultos que em crianças nas primeiras doses e tendem a desaparecer em 24 a 48 horas.
Raramente podem ocorrer reações alérgicas. A incidência de anafilaxia é de, aproximadamente, 1/600.000 aplicações.
Uma revisão da literatura mundial sobre eventos adversos às vacinas recombinantes, desde a sua introdução, concluiu que o número de eventos adversos é muito pequeno comparado ao grande número de vacinados, correspondendo a um para 15.500 doses distribuídas. Os benefícios obtidos com a vacina superam em muito os raros riscos de eventos adversos.
FIQUE ESPERTO, COM HEPATITE B NÃO SE BRINCA!
REFERÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE DST - AIDS - HEPATITES VIRAIS. Governo Federal. Disponível em <http://www.aids.gov.br/pagina/hepatites> Acessado em 22/05/2015.
VACINAS. HEPATITE B. Disponível em <http://www.vacinas.org.br/vacinas05.htm>
Acessado em 22/05/2015.
SANOFIPASTEUR. Bula EUVAX B Monodose - Paciente. Disponível em <http://www.sanofipasteur.com.br/ckfinder/userfiles/files/Bula-Euvax-B-Monodose-Paciente.pdf> Acessado em 22/05/2015.
DRAUZIO VARELLA. Sexialidade. Hepatite B. Disponível em <http://drauziovarella.com.br/sexualidade/hepatite-b/> Acessado em 22/05/2015.
ARTIGO DE REVISÃO ISSN 1677-5090 2010.Revista de Ciências Médicas e Biológicas. Aspectos gerais da hepatite B. Disponível em <http://www.portalseer.ufba.br/index.php/cmbio/article/viewFile/5899/4251> Acessado em 22/05/2015.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA.Revista da Associação Médica Brasileira.Vacina contra hepatite B. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302006000500009>
Acessado em 22/05/2015.
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